Câmara de Catanduva tem primeira mulher negra na Mesa Diretora
Taise Braz será a primeira secretária da Casa de Leis a partir do próximo biênio; ela diz que quer inspirar crianças e jovens pretos e pretas
Foto: CÂMARA DE CATANDUVA - Taise Braz é ativista social e membro fundadora do Movimento Negro de Catanduva
Por Guilherme Gandini | 16 de dezembro, 2022

A Câmara de Catanduva definiu a composição da sua Mesa Diretora para o biênio 2023-2024 na terça-feira, 13, e elegeu a primeira mulher negra para ocupar uma cadeira de comando: Taise Braz (PT), que foi a primeira negra eleita para o legislativo catanduvense agora será a primeira secretária. “É um momento muito significativo e agora esse biênio traz uma representatividade inédita, por ser a primeira mulher preta a ocupar a Mesa Diretora da Câmara”, celebra.

Segundo dados levantados pela Câmara, as eleições municipais de 2020 no Brasil apresentaram um diferencial em relação aos pleitos anteriores. Os números do Superior Tribunal Eleitoral (TSE) revelaram ampliação, mesmo que tímida, da eleição de negros e negras nas disputas municipais, tanto para o Executivo quanto para o Legislativo. Foram eleitas 6,3% de mulheres negras no país. Na Câmara de Catanduva, foram eleitas duas mulheres, Ivânia Soldati e Taise Braz, em 2020.

Taise Aparecida Braz é ativista social, membro fundadora do Movimento Negro de Catanduva, graduada em Administração de Empresas e pós-graduada em Recursos Humanos, com experiência nas áreas de Gestão de Pessoas. É, também, estudante de Pedagogia.

Atualmente, Taise faz parte de três comissões na Câmara, presidindo duas delas. Em dois anos de mandato, fez 189 requerimentos, 144 indicações, 71 moções, 21 projetos de lei, 2 projetos de lei complementares e 2 projetos de decretos legislativos, somando 429 proposituras, com destaque a pautas voltadas à defesa da mulher, contra o racismo e qualquer tipo de preconceito.

“Espero que esses temas tenham maior destaque, como o combate ao racismo estrutural e institucional, e às desigualdades que essas mazelas criam, mas principalmente inspirar crianças e jovens pretas e pretos para a possibilidade de ocupar esses espaços, que eles se sintam inspirados, que possam trilhar esse caminho para compor o cenário político e que tudo isso seja feito de uma forma mais leve e com tratamento mais digno. Espero não ser a exceção, mas a primeira a abrir caminho para que essa representatividade seja ampliada”, pontua Taise.

Autor

Guilherme Gandini
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