O Corpo de Bombeiros de Catanduva atendeu a 612 ocorrências de incêndio em vegetação de janeiro até o início de agosto, na região. No ano passado inteiro, foram 412 ocorrências do tipo. Somente na semana passada, o fogo tomou conta de trecho marginal da rodovia Washington Luís e, apenas um dia depois, de grande área às margens da rodovia Cezário José de Castilho.

Diante desse cenário, como a população pode ajudar a combater as queimadas? “Evitar jogar bitucas de cigarros em locais inapropriados, principalmente quando transitando com o veículo pelas rodovias. A gente sabe que as áreas lindeiras da rodovia têm vegetação, então isso pode provocar incêndios nessas áreas”, expõe a 1ª tenente Maiara Prado, subcomandante do 2° Subgrupamento de Bombeiros de Catanduva.

Outra recomendação é manter supervisão constante com relação às crianças, que não devem brincar com fogo, além de não fazer fogueiras, seja para limpeza de terrenos ou para eliminação de resíduos de lixo. “Essas fogueiras podem espalhar fagulhas e o vento leva essas fagulhas para áreas distantes, então isso pode provocar incêndios em áreas diversas, de proporções variadas.” 

A tenente diz ainda que, a depender da direção e da intensidade do vento, não se deve soltar fogos de artifício próximo a áreas com vegetação densa, porque isso pode provocar incêndios. “Para os agricultores, uma dica é fazer aceiros nos plantios e nas plantações, que são caminhos de terra abertos, porque isso impede que o fogo se propague de uma área para outra.”

Tenente Maiara diz que o caminho é a conscientização. “Isso se dá a partir do momento que se tem conhecimento de que essas queimadas degradam a qualidade do solo. Elas causam danos ao meio ambiente, prejudicam a qualidade do ar, porque emitem no ar partículas de fuligem e fumaça. Isso causa transtornos respiratórios que atingem principalmente a população mais frágil, idosos, crianças e pessoas com deficiência, asma ou transtornos respiratórios diversos.”

Além disso, as queimadas são infração ambiental prevista em lei municipal, passível de fiscalização e inclusive de autuação por parte dos agentes da Guarda Civil Municipal (GCM).

Diante de situação de incêndio, a orientação é manter a calma e acionar o Corpo de Bombeiros pelo telefone 193. “Informe ao agente do Corpo de Bombeiros o que está acontecendo e dados importantes sobre a ocorrência, como o nome da cidade ou o nome da rua, o número e um ponto de referência para que as equipes consigam se localizar mais rapidamente.”

Também é preciso sair da área onde há concentração de fumaça, evitando respirar fumaça e fuligem. “Procure uma área a céu aberto onde haja ar limpo e retire da zona de perigo crianças, idosos e pessoas com deficiência”, complementa a subcomandante.