O amor da professora Laélia Medeiros pela produção de bolos começou na adolescência. O talento era exercitado em casa, para a família. Em 2019, trabalhando só meio período, ela decidiu vender bolos, iniciando um novo negócio. O plano foi interrompido pela pandemia, mas voltou com tudo este ano: ela acaba de inaugurar a primeira bikefood de Catanduva.
“A gente viu na internet uma empresa que faz esse tipo de produto, a bike, e achamos uma boa ideia. O objetivo é vender os bolos para outras pessoas, ganhar público, para que o negócio possa crescer”, diz a empreendedora, que se reveza no ponto de venda com o marido, Tiago Pereira, que também é professor. Ele fica de terça a sexta-feira e ela aos sábados, pela manhã.
O local escolhido é a avenida Júlio Cesar Marino, em frente à Casa Luz, no Jardim Soto, numa aposta na visibilidade. “É uma avenida, um local em que as pessoas estão indo e vindo, como a gente ainda está desenvolvendo os produtos e buscando participação em eventos, quanto mais as pessoas conhecerem a bikefood, pra gente é o mais importante”, indica Tiago.
O ponto também é estratégico para deslocamento e transporte, mas, por enquanto, eles não pensem em pedalar. “Existe a possibilidade de vir com a bike, pedalando, mas pela quantidade de produtos. a gente prefere deixá-la fixa aqui e em eventos”, explica, citando parceria feita com o estabelecimento comercial de iluminação, situado em frente, para guardar o veículo.
Segundo o casal, o projeto dos 'Bolos da Lá', como um todo, é uma aposta na inovação. “Como o bolo já vinha funcionando bem quanto à geração de renda, para ampliar essa segunda renda, a gente entendeu que havia a necessidade de inovar. A bike vem como uma inovação e ampliação de possibilidades”, revela a boleira.
A novidade veio acompanhada da ampliação do cardápio. Em casa, vendia só bolo e brigadeiros. Hoje eles oferecem café, cappucino, pingado, pão de queijo, mas mantém os bolos doces e salgados como carro-chefe. “A gente quer atrair as pessoas pra comerem aqui com a gente, bater um papo, ou mesmo passar rapidamente e levar o café da manhã”, diz Tiago.
Da inauguração no dia 28 de maio até agora, o casal diz que os resultados são positivos. Enquanto a reportagem de O Regional esteve no local, muitos clientes apareceram. A bikefood de cor alaranjada também chama a atenção dos motoristas que passam pelo local.
“O pessoal passa aqui e pergunta – tem bolo de quê? Tem quem leve inteiro. A gente trouxe a possibilidade de comer em pedaço, mas o pessoal acaba levando tudo e pra gente é super legal. Fora as encomendas que ainda continuam e a bike gera a possibilidade de novos clientes. Pelo menos quatro passaram, pediram encomenda e vieram retirar na bike”, revela o educador.
A expectativa do casal é faturar de R$ 3 mil a R$ 5 mil com o projeto como um todo. Além do ponto fixo, a bikefood está presente no google e redes sociais. Laélia celebra o momento: “Já tínhamos o instagram do bolo e a gente anunciou a novidade. Muita gente começou a seguir.”
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