A estreia em casa do Tietê Agroindustrial/Bax Catanduva não poderia ter sido melhor. Muitos ingredientes tornaram a noite especial: a primeira vitória na temporada, quebra de tabu e o apoio da torcida. O Bax Catanduva venceu, de virada, o Ituano Basquete por 61 a 55, pela segunda rodada da Liga de Basquete Feminino (LBF), na quinta-feira, 16, no Ginásio Anuar Pachá, em Catanduva.
A vitória quebrou um tabu histórico entre as equipes. Desde 2018, ano do primeiro duelo, Catanduva nunca havia vencido o rubro-negro nas oito vezes em que se enfrentaram. Com duplo-duplo e melhor eficiência de jogo, Gil Justino, a pivô do Bax, recebeu o troféu Gol Linhas Aéreas de Melhor Jogadora da Partida. Foram 12 pontos e 16 rebotes, sendo cinco ofensivos, além de cinco assistências.
“Estou bem feliz com essa vitória, que era muito importante para nós. Nossa estreia foi muito ruim e acredito que nossa equipe tem potencial muito maior para evoluir. Ainda falhamos onde não podemos. Em alguns momentos, faltou concentração, mas ainda tem o campeonato inteiro pra gente se acertar. Acredito que a gente vai melhorar e conseguir outros resultados positivos”, disse a MVP.
O Ituano dominou as ações no primeiro tempo, indo para o intervalo com vantagem de dez pontos (27 x 37), mas voltou mal do vestiário. Com a força da torcida, Catanduva fez a diferença evaporar. O Ituano teve um apagão e viu Catanduva fazer 13 pontos em sequência para assumir a liderança.
O jogo manteve-se aberto no período final, empatado a 50 pontos a menos de cinco minutos do fim. O último quarto também foi marcado pelas expulsões das ituanas Bianca e Aninha e da pivô Juliana, do Bax. Isso porque, nos minutos finais, Bianca tomou um encontrão de Gil e ficou caída com dores no estômago. Após se recuperar, a atleta saiu correndo e empurrou a pivô catanduvense.
DESTAQUES
A pontuação no Catanduva foi bem distribuída entre as titulares com 13 pontos para Tati Pacheco e Thaissa e 12 para Casanova. Já a cestinha da partida foi Palmira Marçal, que marcou 17 pontos para o time de Itu.
“Agora temos condições de trocar e revezar as jogadoras. Gostei muito das atletas que vieram do banco, entraram e pontuaram bem. Porém, existem jogadoras que estão treinando bem, mas não rende da mesma forma no jogo”, comenta o técnico Cesamar Fernandes.
Para ele, tática e tecnicamente não está em seu melhor nível, pela qualidade das jogadoras. Embora a equipe tenha mostrado evolução, ainda houve erros na defesa e o ataque pode melhorar. “Todo jogo em casa, nós temos que vencer para acumular vitórias e tentar beliscar algumas fora. Assim, ficaremos bem na classificação para tentar decidir a primeira fase do playoff em casa”, afirma.
Ele ainda não sabe qual deve ser o futuro da pivô Juliana, que passará por julgamento depois de ser expulsa. “Geralmente, a punição é o pagamento de multa. Temos que aguardar”, cita.
Sem muito tempo para descansar, o Bax Catanduva entra em quadra no próximo dia 21 de março, terça-feira, às 19h30, contra o Unisociesc/Blumenau, no Ginásio Anuar Pachá, com entrada gratuita.
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