A estreia não foi a esperada. Ansiedade, afobação, erros primários que contribuíram para que o Sesi/Araraquara vencesse o Tietê Agroindustrial/Bax Catanduva por 104 a 68, na noite de quarta-feira, dia 8, na abertura da Liga de Basquete Feminino (LBF) 2023.

Jogando em casa, a capitã do time araraquarense Aline Moura foi a principal cestinha, com duplo-duplo de 22 pontos e 11 rebotes, seguida por Vitória, autora de outros 19 pontos, e da ala Sossô, que adicionou outros 17, além de 8 assistências. Do lado catanduvense, a estreante Tati Pacheco anotou 18 pontos, seguida por Ineidis Casanova, que marcou 14 em sua primeira partida com a camisa do Bax.

Desde o início, o time comandado pelo técnico Cesamar Fernandes cometeu muitos erros, com air balls, estouro do cronômetro e muita afobação. A ansiedade também predominou na defesa, com muitas faltas, que levaram Araraquara a abrir vantagem no placar através de muitos lances livres (26 pontos). Uma estreia nervosa que culminou com uma derrota por larga vantagem

O time de João Camargo abriu 7 a 0 no placar. Catanduva sofreu para romper a defesa adversária e só marcou seus primeiros pontos na LBF 2023 após quase três minutos de partida.

As broncas do técnico Cesamar Fernandes mexeram com Catanduva no intervalo da partida e a equipe até voltou mais atenta para o terceiro período. Mas a empolgação foi acabando conforme as bolas pararam de cair.

A armadora e presidente do Bax, Natália Burian, afirma que o time jogou totalmente ao contrário do que foi apresentado nos treinamentos. “Precisamos corrigir os erros e trabalhar para nossa estreia em casa, contra o Ituano. O campeonato está só começando e temos muito a evoluir”, analisa.

A ala Tati Pacheco vê que, mais que entrosamento, também faltou atitude à equipe. “Defensivamente, faltou comunicação em vários momentos e cedemos algumas bolas fáceis, o que não pode acontecer. Para o próximo jogo, precisamos melhorar a nossa postura nos dois lados da quadra”, garante a atleta.

Ainda mais insatisfeito está o técnico Cesamar Fernandes. Para ele, a equipe poderia sim perder, mas não da forma como aconteceu, com placar tão elástico.

“As jogadoras não conseguiram colocar em prática aquilo que foi treinado. Durante os treinos, elas estavam marcando bem, a defesa estava bem posicionada, com bastante comunicação. No jogo, simplesmente, a defesa parou de jogar. A partida foi definida ainda no primeiro quarto”, afirma.

Segundo ele, houve insegurança nos passes e as jogadas não funcionaram. Agora, é analisar se não houve conclusão pela qualidade da defesa adversária ou pela má execução. “Foi decepcionante. Ninguém está contente. Esse jogo é um exemplo do que elas não têm direito de repetir, com tanta desatenção, falhas, bolas perdidas”, cita Cesamar, que ainda diz que a armadora cubana Casanova foi a atleta mais atenta em quadra.

PRÓXIMO COMPROMISSO

O elenco catanduvense se reapresenta na sexta-feira, quando retornam aos treinamentos em dois períodos. O Bax Catanduva estreia diante de sua torcida na próxima quinta-feira, 16 de março, contra o Ituano Basquete, às 19h30, no Ginásio Anuar Pachá, com entrada gratuita.