Pesquisa realizada em abril pela Abrasel – Associação Brasileira de Bares e Restaurantes revelou que os estabelecimentos guardam boas expectativas para o Dia das Mães. Quase oito em cada dez devem abrir no domingo, 11 de maio. Entre esses, 78% esperam faturar mais este ano do que na mesma data do ano passado, sendo que 62% esperam aumentar o faturamento até 20%.

Para Paulo Solmucci, presidente da Abrasel, o quadro ainda é difícil, mas o aumento do movimento é evidente: “O resultado de março já foi significativamente melhor que o de fevereiro, muito em função do Carnaval. E agora temos duas datas muito importantes pela frente. Há otimismo para o Dia das Mães, nossa segunda melhor data no ano. E em seguida teremos o Dia dos Namorados, nossa melhor data em termos de faturamento".

Apesar do otimismo, os empresários enfrentam desafios para ajustar os preços dos cardápios. A inflação acumulada de 5,48% entre abril de 2024 e março de 2025 não consegue ser repassada aos cardápios pela maioria dos empreendedores. Apenas 38% conseguiram ajustar os preços para acompanhar a inflação, enquanto 21% fizeram algum reajuste e 33% não aumentaram.

Em Catanduva, os integrantes da Associação Alimentação Forte, que reúne 15 estabelecimentos locais, estão otimistas com a data. De acordo com o vice-presidente da entidade, Gustavo Pena, o Dia das Mães é visto como oportunidade de faturamento pelo segmento.

“Vou fazer no sábado um jantar de Dia das Mães, com música ao vivo”, conta ele, sobre seu próprio estabelecimento. “Tem vários que vão abrir no domingo para receber o público, que acaba se tornando o melhor dia de faturamento do ano para quem trabalha com almoço, que tem estrutura para receber as pessoas nessa data”, completa o empresário.

Ele afirma que mesmo estabelecimentos que não têm o hábito de servir almoço vão fazer refeição específica para o Dia das Mães. “Então a tendência é que melhore mesmo o faturamento, embora a gente esteja passando por um momento complicado na economia, mas nós temos esperança sempre de uma melhora, né? Seguimos otimistas.”