Bancários de Catanduva protestam contra assédios sexual e moral
Diretores ressaltaram a cobrança por respeito, equidade de condições de trabalho, apuração das denúncias e acolhimento às vítimas
Foto: O REGIONAL - Sindicato dos Bancários endossou a mobilização com atividades nas agências da Caixa
Por Da Reportagem Local | 07 de julho, 2022
O movimento sindical bancário realizou na terça-feira, 5, o Dia Nacional de Luta contra os Assédios Moral e Sexual, com atos em todo o país. O Sindicato dos Bancários de Catanduva e região endossou a mobilização com atividades nas agências da Caixa.
Diretores da entidade ressaltaram a cobrança por respeito, equidade de condições de trabalho, apuração das denúncias e acolhimento às colegas vítimas dos casos se assédio ocorridos no banco público. Também dialogaram com empregados, clientes e usuários dos serviços bancários, reforçando a importância de não se calarem e denunciarem as práticas, que são crimes previstos por lei.
A pauta ganhou proporção nacional após recentes denúncias que levaram o ex-presidente da Caixa, Pedro Guimarães, a se afastar do cargo. Guimarães está sendo acusado por um grupo de bancárias da Caixa de ter cometido assédios sexuais contra elas. O caso está sendo investigado, sob sigilo, pelo Ministério Público Federal (MPF) desde o ano passado, mas se tornou público na semana passada, após reportagem do portal Metrópoles.
“Casos de violência moral e de assédio sexual são muito frequentes na sociedade, e nos bancos também não são exceção. Infelizmente, nossa categoria é uma das que mais adoece do ponto de vista psíquico. Por isso protestamos, para demonstrar nosso repúdio e cobrar que as direções das instituições financeiras, sobretudo da Caixa, assumam um compromisso sério a fim de coibir estas práticas inaceitáveis dentro de suas estruturas. Também reivindicamos a inclusão de uma cláusula contra assédio sexual na nossa Convenção Coletiva de Trabalho, queremos evitar que outros casos se repitam”, explicou o presidente do Sindicato, Roberto Vicentim.
O diretor Antônio Júlio Gonçalves Neto, o Tony, acrescenta que um ambiente de trabalho com qualidade pressupõe a estabilidade no emprego e um clima organizacional sem assédio, para que o empregado não adoeça e para que consiga atender bem a população.
“Cobramos respeito à saúde física e mental dos funcionários. É inaceitável que os bancos, um dos setores mais lucrativos do país, desrespeitem a dignidade do trabalhador. Não é incomum presenciar nas agências bancárias cenas de gritaria e ofensas quando algum funcionário não consegue atingir as metas absurdas impostas, impedimento de licença saúde, superiores falando mal de subordinados para seus clientes. Não vamos aceitar esse tipo de conduta, que é crime, de nenhum gestor da Caixa ou de qualquer banco. Não vamos aceitar que trabalhadores sejam humilhados ou pressionados no desempenho de suas funções”, reforçou.
Para fortalecer o combate ao assédio moral, sexual ou a qualquer outra violação de direitos é fundamental que o bancário denuncie através dos canais disponibilizados pela entidade. “Os bancários não devem aceitar com normalidade essa situação e devem continuar denunciando, pois é uma maneira efetiva de pressionar os bancos a cumprirem com os protocolos previstos na CCT da categoria,” acrescentou o diretor.
DENUNCIE
A entidade mantém ativo em seu site um canal onde os bancários podem formalizar as denúncias, de forma identificada ou anônima. Esse mecanismo foi uma conquista dos trabalhadores na Campanha Nacional de 2010, compondo um acordo aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho. O sigilo é garantido.
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