O período de estiagem provoca problemas em diversos locais. No Balneário de Termas de Ibirá, que possui cinco fontes de água mineromedicinais e fluxo significativo de turistas todos os dias, as consequências são devastadoras. Devido à seca, as fontes Seixas, Saracura e Carlos Gomes estão inoperantes há 15 dias – e sem previsão para retomada.

“As vazões das fontes também são monitoradas continuamente e os resultados dos efeitos climáticos dos últimos cinco anos mostram que com a estiagem há redução na produção de água. A recuperação dos volumes só acontece quando chover o suficiente para que o peso da recarga do aquífero livre exerça pressão suficiente sobre os aquíferos confinados”, explica Joseani Octaviani, química responsável técnica pelo controle de qualidade em Termas de Ibirá. 

Segundo ela, as recargas começam com chuvas longas de 50, 80 e 100mm, o que significa que as fontes de água podem levar algumas semanas ou várias para voltar a funcionar, conforme, ainda, outros fatores associados, como radiação e temperatura. No ano passado, foram meses de secura até que as atividades do Balneário Evaristo Mendes Seixas fossem normalizadas.

Apesar da falta d’água, as fontes Ademar de Barros e Jorrante continuam funcionando e abastecendo todo o balneário, que prossegue com a rotina normal. “Elas têm uma produção de água muito alta, muito boa e conseguem suprir todos os serviços do balneário. Somente as três fontes de baixa produção que o pessoal usa só para tomar que estão sem água”, frisa Joseani.

Em Termas de Ibirá estão as águas minerais vanádicas, alcalinas e bicarbonatadas, entre outras qualidades. Uma fonte-mestra disponibiliza água medicinal da fonte Ademar de Barros para os tradicionais banhos de imersão, que têm poder cicatrizante, antioxidante, antialérgico e relaxante. A prática é utilizada de forma associada a tratamentos de saúde e estética.