A balança comercial do Noroeste Paulista fechou 2023 com saldo positivo de 2,2 bilhões de dólares, valor que abrange as 102 cidades atendidas pelo Ciesp Noroeste Paulista - Centro das Indústrias do Estado de São Paulo - Regional Rio Preto, responsável pelo levantamento.
Esses municípios totalizaram 2,56 bilhões de dólares em exportações, com aumento de 22,7% na comparação com o ano anterior. Já as importações somaram 310,5 milhões, revelando queda de 2,2% em relação a 2022.
Os principais itens exportados foram açúcares e produtos de confeitaria (66,7%), carnes e miudezas comestíveis (9,6%) e preparações alimentícias diversas (6,5%). Por outro lado, as principais importações foram de peixes e crustáceos (25,7%), máquinas, aparelhos e instrumentos mecânicos (20,2%) e leites, laticínios e ovos de aves (14,9%).
O diretor de Exportações do Ciesp Noroeste Paulista, Rodrigo Bechara, falou sobre o resultado positivo, ressaltando a necessidade de aumentar ainda mais as exportações.
"Esses resultados refletem um avanço significativo para a nossa região, ainda mais fechando com um superávit igual a esse. Porém, é importante destacar que ainda estamos aquém do nosso potencial. Precisamos trabalhar arduamente para expandir a cultura exportadora no Noroeste Paulista. Com um mercado cada vez mais globalizado, é essencial buscar novas oportunidades, principalmente no exterior”, afirmou Bechara.
“Mês a mês, vimos nossa região registrando superávit, e ver que fechamos o ano com um saldo positivo de US$ 2,2 bilhões é bem gratificante e mostra que estamos realizando um bom trabalho. Agora, para 2024, é continuar neste mesmo caminho, pois a indústria é o braço forte do Brasil”, enfatizou Aldina Clarete D’Amico, diretora titular do Ciesp Noroeste Paulista.
No período analisado, os destinos mais importantes das exportações da região de Rio Preto foram China (21,6%), Indonésia (5,9%) e Arábia Saudita (5,4%). Por sua vez, as compras da regional tiveram como principais origens China (32%), Chile (23,7%) e Estados Unidos (10,6%).
Catanduva lidera ranking, seguida por Novo Horizonte
Novo Horizonte continua na vice-liderança do ranking das exportações na região, ficando atrás somente de Catanduva. Em levantamento feito pelo jornal O Regional com base nos números do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, a cidade exportou 82,8 milhões de dólares em 2023, com alta de 64% na comparação com o resultado do ano anterior.
Foi o melhor resultado da história de Novo Horizonte, superando o recorde que havia sido alcançado em 2021, quando foram exportados 73,9 milhões. O desempenho colocou o município na 131ª colocação no ranking de exportadores paulistas.
Como quase não houve importações, o volume exportado foi praticamente o mesmo do superávit registrado por Novo Horizonte no período. Quanto aos produtos vendidos, o açúcar representou 86% do total, seguido pelo amendoim, com 12% de participação. Os principais destinos foram a Argélia, com 13%, Togo, com 6,6%, e o Iêmen, com 5,8%.
Catanduva exportou nove vezes mais que Rio Preto
Líder do ranking regional, Catanduva exportou 423,2 milhões de dólares no ano passado, com alta de 30,9% nas vendas para o mercado externo na comparação com o 2022. Foi o segundo melhor resultado da cidade desde o início da série histórica, iniciada em 1997, ficando atrás somente de 2011, que teve 669,3 milhões de dólares exportados pelas empresas locais.
Enquanto isso, São José do Rio Preto, que é referência regional, exportou 45 milhões de dólares, alcançando alta de 18%. As importações, por outro lado, totalizaram 173,1 milhões, resultado em saldo negativo de 128,1 milhões. Os principais produtos exportados foram miudezas comestíveis (24%), ao passo que os peixes lideraram as importações (42%).
Microrregião tem mais seis exportadores
Depois de Catanduva e Novo Horizonte, o ranking regional tem mais seis municípios com perfil exportador, segundo o levantamento do jornal O Regional. Ariranha encabeça essa lista, com 67,5 milhões de dólares exportados no ano passado – tendo um único produto: o açúcar.
Paraíso aparece logo depois, com 47,2 milhões, seguida por Marapoama, com 38,6 milhões; Itajobi, com 35,3 milhões; Pindorama, com 19,4 milhões; e Santa Adélia, com 10,1 milhões.
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