Bailarina catanduvense conquista 1º lugar no Dança em Foco
Letícia Barbosa tem 25 anos e contabiliza mais de 20 premiações em competições, 17 medalhas e cinco troféus
Foto: Arquivo Pessoal - Letícia Barbosa dedicou o prêmio à coreógrafa Elisandra Barbosa, que morreu há dois anos
Por Guilherme Gandini | 03 de outubro, 2024

A bailarina e coreógrafa catanduvense Letícia Barbosa ganhou o 1º lugar em solo na modalidade estilo livre adulto apresentado durante o Festival Dança em Foco 2024, realizado de 27 a 29 de setembro, no Teatro Municipal Aniz Pachá. Ela ainda garantiu a maior média da noite (9,8) e foi eleita a melhor bailarina da competição, que reuniu 8 cidades paulistas, 14 grupos de dança e mais de 500 competidores.

Com apenas 25 anos de idade, ela soma mais de 25 certificados de cursos com profissionais nacionais e internacionais de dança, mais de 20 premiações em competições, 17 medalhas, quatro troféus de melhor bailarina nacional e um troféu de destaque internacional.

“A dança pra mim é uma forma de vida, uma maneira única de conectar o meu corpo, a minha mente, minhas emoções. Ela me dá uma liberdade pra ser quem eu sou de verdade. Eu acho que existem pessoas que escolhem a dança, escolhem a arte. Existem pessoas que foram escolhidas pra viver isso. Eu acredito que eu fui escolhida pela dança, pra ser uma artista, pra fazer arte, pra fazer da dança a minha vida. E eu me sinto muito honrada em viver isso na minha vida”, ressalta.

Letícia iniciou os estudos no jazz aos 4 anos de idade e, aos 12, ingressou na Versátile Cia. de Dança, sua primeira companhia profissional, onde atuou durante 4 anos como bailarina, de 2011 a 2015. Foi nessa época que conquistou seu primeiro prêmio relevante em competições, sendo eleita a melhor bailarina do Criart - Festival Internacional de Dança de Taquaritinga, em 2012.

No mesmo ano iniciou seus estudos em dança clássica e teve seu primeiro contato com o Método Russo (Vaganova). Fez parte do corpo de ballet do espetáculo “Don Quixotte’’ e foi solista em ‘’Lá Esmeralda’’. Em 2016, ingressou na Up Companhia de Dança, participou do Projeto de Qualificação em Dança e foi coreografada por Ismael Ivo, ex-diretor da São Paulo Companhia de Dança.

De 2017 em diante seguiu carreira solo, ganhando vários prémios em competições municipais, nacionais e internacionais. Recebeu bolsa de estudos para a Sopro Companhia de Dança, na cidade de São Paulo. No mesmo ano, participou do Festival Internacional em Missiones – Argentina, onde seus três solos autorais ganharam nota máxima, sendo eleita a melhor bailarina.

Seu último trabalho como bailarina e coreógrafa foi no Projeto Corporifique, do Sesc Catanduva, tendo duração de 12 meses, onde recebeu orientação artística com os mais renomados nomes da dança do Brasil e seu espetáculo solo ‘’Eva’’, estreado em janeiro de 2020, teve como curador artístico Ricardo Scheir, criador e diretor do Pavilhão D Centro de Artes, em São Paulo.

A profissional ainda foi proponente, coreógrafa e bailarina do projeto Ler Para Dançar - Vinícius de Moraes, apoiado pela Lei Aldir Blanc, em 2020. Também elaborou workshops de formação em Dança, em parceria com a Secretaria de Educação de Catanduva, através do canal Ler para Dançar, com mais de 2 mil visualizações simultâneas dos professores de Catanduva e região.

‘Prêmio tem peso emocional’

A conquista mais recente de Letícia Barbosa, segundo ela, foi diferente de todas as anteriores, por carregar importância não só no âmbito profissional, mas também no aspecto pessoal. “No profissional é o resultado de mais de 15 anos de dedicação. A vida de um bailarino é uma vida muito difícil, precisa de um trabalho árduo, precisa de muita renúncia. Mais de 15 anos de dedicação, de ensaios, resumidos em três minutos em cima do palco”, pontua a bailarina.

Ela ainda completa: “Esse prêmio é a certeza de que eu estou no caminho certo, me traz a clareza e a tranquilidade de que eu estou colhendo os frutos de tanta dedicação, tanto trabalho, tanto estudo. E eu espero que venham muitos mais prêmios pela frente, assim como eu vou me dedicar muito mais ainda para conseguir alcançar voos muito maiores.”

Ela ressalta que competições internacionais atraem participantes de todas as cidades do Brasil. “Conseguir chegar no nível deles e de alguma forma me destacar é muito gratificante, muito mesmo, e me dá um gás para que eu me empenhe mais, me dedique mais para as próximas competições e eu consiga trazer mais prêmios para Catanduva.”

No âmbito pessoal, Letícia diz que o dia 29 de setembro marcou dois anos de falecimento de sua tia e coreógrafa, a professora Elisandra Barbosa. “Era um dia muito especial na minha vida particular e eu dediquei esse prêmio a ela porque foi minha coreógrafa 22 anos da minha vida, me apresentou pra dança, viajou o mundo comigo, me acompanhou como coreógrafa e pela primeira vez não estava ali comigo, mas estava no meu coração.”

Autor

Guilherme Gandini
Editor-chefe de O Regional.

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