Arcos reúne lideranças para tratar sobre jovens egressos de acolhimento
Grupo vai estudar a possível criação de um novo serviço para apoiar pessoas que atingem 18 anos e precisam sair da Casa Lar
Foto: ARQUIVO PESSOAL - Presidente de Arcos, Wagner Quadros explicou etapas do acolhimento a crianças e jovens
Por Guilherme Gandini | 28 de fevereiro, 2023

A Arcos - Associação e Rede de Cooperação Social chamou representantes da Casa de Apoio à Criança, Casa Lar dos Adolescentes e da República de Catanduva e da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social para reunião na semana passada. Em pauta, a atenção e apoio aos jovens de 18 a 24 anos egressos de acolhimento.

Para entender a questão, é preciso compreender o fluxo de acolhimento de crianças e adolescentes. Ao jornal O Regional, o presidente da Arcos, Wagner Ramos de Quadros, explicou etapa por etapa do trabalho das entidades do terceiro setor.

Inicialmente, a criança é acolhida em uma casa de apoio, por determinação judicial, porque o ambiente doméstico não é seguro para ela ou porque não há quem fique com ela. Então o Estado, através dessas instituições sociais, protege a criança de zero a 12 anos de idade, tentando tomar as medidas para que ela volte à família ou eventualmente à adoção.

Ao atingir a idade limite da Casa de Apoio à Criança, diz Quadros, a criança é transferida para a Casa Lar dos Adolescentes, que faz o mesmo serviço para o público de 12 a 18 anos.

O problema surge quando essa pessoa assistida atinge os 18 anos, momento em que ela é desacolhida. Por mais seis meses, a equipe da instituição acompanha a vida desse jovem e o encaminha ao trabalho, moradia e à família para que ele consiga prosseguir sua vida.

“Historicamente, os adolescentes que completam 18 anos e saem da Casa Lar não têm conseguido se reajustar à sociedade e, com frequência, vão para o tráfico e a criminalidade, para a rua ou simplesmente morrem”, lamenta Quadros, frisando que há um pequeno grupo de pessoas que, nos últimos anos, tem tentado acompanhar esses jovens desacolhidos.

“Nós estamos tentando dar um respaldo a eles, para que consigam trabalho, moradia e tocar suas vidas. É um trabalho difícil, mas temos tentado”, confidencia. A reunião conjunta das instituições, completa ele, vai exatamente no sentido de buscar uma solução. “Vamos estudar a criação de um novo serviço na cidade, direcionado ao apoio a esses jovens”, completa.

Autor

Guilherme Gandini
Editor-chefe de O Regional.

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