Após tapetão de Vinholi, Rebelato diz: ‘a direita sou eu’
Pré-candidato alfinetou Padre Osvaldo, que deixou ninho tucano e migrou para o PL
Foto: Reprodução - Ricardo Rebelato afirmou que Justiça precisa dar solução para loteamento
Por Guilherme Gandini | 04 de abril, 2024

O empresário Ricardo Rebelato, pré-candidato a prefeito pelo PSD, participou ontem da série de entrevistas da Vox FM e do jornal O Regional com os prefeituráveis. Ele falou por quase 1 hora sobre diversos temas e colocou-se como a verdadeira liderança da direita na cidade. Um dia antes, ele recepcionou o deputado federal Eduardo Bolsonaro e grande comitiva da direita.

“Sempre representei a família Bolsonaro na cidade, fiz campanha em mais de 21 municípios para eles em 2018 e 2022, tenho uma grande amizade. Vieram se colocar como apoio para mim, como a pessoa de direita legítima. Eu posso não estar no partido deles, mas como o próprio Eduardo Bolsonaro disse: não importa onde você esteja, eu estou com você, eu te acompanho”, disse.

Rebelato alfinetou o prefeito Padre Osvaldo, que migrou no ano passado do PSDB de João Doria para o PL de Bolsonaro. “Houve tipo um tapetão, conduzido pelo (Marco) Vinholi numa negociação, foram palavras do próprio Eduardo (Bolsonaro), que colocou a pessoa que era do PSDB (Padre Osvaldo), que era do Doria, no partido PL”.

Ele disse considerar que o PT da deputada estadual Beth Sahão, que também é pré-candidata a prefeita, e o PSDB, ao qual estava ligado Padre Osvaldo, são a mesma coisa. “(João) Doria e Beth, da esquerda, são os dois. Não é uma polarização. Quem representa a direita sou eu. Não adianta a pessoa estar com capuz numa situação, num partido, só para tirar alguma vantagem.”

Ao analisar o governo municipal, classificou as condições da cidade como precária. “Você não consegue nem andar pelas ruas de tanto buraco. Quando faz uma obra mal planejada, ela alaga ou o asfalto derrete e sai correndo com a água junto. Na saúde, as pessoas estão na fila, não tem uma fiscalização da terceirizada. O transporte urbano está precário. A pessoa sai para trabalhar aqui no Centro e vai levar advertência porque chegou atrasado porque o ônibus quebrou no meio do caminho. A nossa cidade não está crescendo. Tem ótimas faculdades, mas as pessoas vão trabalhar em outro município por falta de emprego. Não consegue uma vaga porque faltam empresas e condições para essas empresas.”

FERROVIA

Rebelato voltou a criticar Padre Osvaldo por ter autorizado a construção de viadutos sobre os trilhos, pondo fim ao projeto de um novo contorno ferroviário. “Tirar da nossa cidade a malha ferroviária, que era muito mais fácil levá-la e, se chegar (a cidade) até lá, você fazer de uma forma controlada, fazer programado, do que você colocar dentro da cidade esses viadutos”.

Ele chegou a ventilar possível favorecimento de alguém com a nova proposta. “Já estava decidido, por que modificar? Será que teve alguma coisa, algum conchavo, algum privilégio para modificar isso? Onde é a malha ferroviária a gente poderia fazer alguma outra coisa (...), uma avenida para transporte de uma forma rápida de um lado ao outro da cidade.”

LOTEAMENTO

O impasse dos loteamentos habitacionais da Associação Bom Pastor também foi tema da entrevista com Rebelato. “Foi promessa de campanha do adversário de que ele iria regularizar dentro do mandato dele. Nada aconteceu. Continua da mesma forma”, reclamou, disparando a seguir. “Eu faço construção de condomínios, se fosse eu que tivesse feito uma coisa dessa eu estava na cadeia. Ficou mil e poucas famílias que confiou nisso aí e não teve resultado.”

Para o pré-candidato, a promotoria e a Justiça precisam dar solução para o caso. “Tem conflitos ali dentro, a quantidade de terrenos não bate, a associação teve desvio de verbas como a Câmara falou. Nosso Ministério Público e Juizado tem que ver como resolver isso, não tem que ser promessa de campanha, tem que ser feito independente de quem estiver no governo.”

Autor

Guilherme Gandini
Editor-chefe de O Regional.

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