O oitavo mês do ano é o terceiro do trimestre do inverno climático. Gradualmente, alguns traços da primavera começam a dar sinais. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) prevê volume de chuva próximo ou ligeiramente abaixo da média histórica do mês no sudeste. As precipitações devem ser mais localizadas no litoral devido à passagem de frentes frias pelo oceano, o que pode causar instabilidades.
Neste período, a redução de chuva na parte central do país é comum, assim como a diminuição da umidade relativa do ar e a elevação das temperaturas máximas ao longo dos dias. Pelo menos na primeira metade do mês, não há previsão de chuva para o Noroeste Paulista, onde está Catanduva.
Segundo Gabriel Blain, pesquisador do Instituto Agronômico da Secretaria Estadual da Agricultura e Abastecimento, as temperaturas devem também ficar acima da média.
“Não há previsão de chuvas de volume significativo ao longo de todo mês de agosto. Especialmente a partir da segunda quinzena de agosto há possibilidade de frentes frias avançarem sobre o estado de São Paulo, incluindo a região noroeste, mas sem trazer chuvas de grande volume. Então a expectativa é que agosto seja mesmo como é característico do mês de agosto. Um mês bastante seco e com temperaturas até um pouco acima da média, ou acima da média histórica”, afirma.
O catanduvense, inclusive, já sentiu o mês de julho mais quente, o que pode ser uma influência do chamado El Niño. Gabriel confirma a impressão da população, pois, de fato, o mês de julho foi um mês quente com temperatura acima da média.
“Foi quente no sentido de ter sido um mês com temperatura acima da média. E essa temperatura pode ser explicada. Há uma importante possibilidade de que essa temperatura acima da média do mês de julho esteja também associada às temperaturas mais elevadas do Oceano Pacífico. E essas temperaturas mais elevadas do Oceano Pacífico são uma das características do El Niño”, pontua.
O prognóstico climático do Inmet para o mês de agosto deste ano e seu possível impacto na safra de grãos para as diferentes regiões produtoras indica que a baixa umidade do solo pode favorecer os cultivos de segunda safra em maturação e colheita, assim como as safras de cana de açúcar e café. Porém, causará restrição hídrica nas lavouras em estágios reprodutivos ou sob deficiência hídrica.
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