As discussões em torno das regras do piso nacional do magistério em Catanduva terão um novo capítulo. Na próxima semana, o Sindicato dos Professores no Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) irá até a Câmara Municipal, a fim de debater esse tema.
A entidade protocolou requerimento assinado por seu coordenador regional, professor Leandro Alves de Oliveira, que foi lido na sessão de ontem do Legislativo. O pedido foi aprovado por unanimidade pelos 12 vereadores presentes à sessão. Taise Braz (PT) não compareceu, pois testou positivo para Covid-19 e precisou ser afastar das atividades parlamentares. Com isso, o sindicato poderá utilizar a tribuna para tratar da polêmica na próxima terça-feira, 16 de agosto.
As discussões em torno do piso dos professores se arrastam desde fevereiro deste ano, quando o presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), sancionou o projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional prorrogando e reajustando o salário da categoria em todo o Brasil.
Desde então, professores da rede municipal de Catanduva passaram a questionar o modo como a administração do prefeito Padre Osvaldo de Oliveira Rosa (PSDB) tem feito o cálculo dos vencimentos da categoria. Eles questionam o fato de o governo somar o abono do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) como sendo parte integrante do salário.
Na avaliação desses profissionais, o abono deveria ser considerado à parte. Do modo como a soma vem sendo realizada, professores da rede municipal estariam tendo prejuízos mensais de R$ 500, em média.
Em contrapartida, pessoas ligadas ao governo têm espalhado, especialmente nas redes e nas conversas à boca pequena, que as discussões em torno do piso do magistério poderão atrasar e mesmo barrar a tramitação do projeto de restruturação dos cargos e salários do funcionalismo municipal. Essa proposta já foi prometida por Padre Osvaldo, mas ainda não chegou a ser apresentada aos servidores.
Em suas manifestações públicas, como no protesto ocorrido no último dia 30 de julho, no Centro, representantes dos professores defenderam que as discussões sobre o piso do magistério ocorram de maneira separada, em relação à restruturação que afetará os demais servidores.
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