Apenas 1 em cada 4 crianças estão protegidas contra a Covid
Das cerca de 15.946 previstas pelo Vacinômetro, só 3.982 tomaram duas doses da vacina
Foto: Arquivo/Prefeitura de Catanduva - Grupo de 3 a 11 anos de idade, com 12,6 mil crianças, tem 31,5% de cobertura
Por Guilherme Gandini | 29 de janeiro, 2023

Exatamente um ano depois que a primeira vacina contra o coronavírus foi aplicada nas crianças de Catanduva, levantamento feito pelo jornal O Regional mostra que apenas uma em cada quatro estão protegidas. Isso porque a cobertura vacinal para o grupo de 6 meses a 11 anos de idade está na faixa de 25%: das 15.946 previstas, apenas 3.982 tomaram duas doses da vacina.

De acordo com os dados disponibilizados pelo Vacinômetro do Governo do Estado de São Paulo, da plataforma Vacivida, foram aplicadas 81 doses iniciais em bebês de 6 meses a 2 anos de idade em Catanduva. Desses, somente nove receberam a segunda dose, o que resulta em cobertura de 0,27%, considerando público estimado de 3,3 mil crianças nessa faixa etária no município.

Já no grupo de 3 a 11 anos de idade, os números são: 5.811 receberam a primeira dose e 3.973 a segunda aplicação, resultando em cobertura de 31,5%. A meta seria 12,6 mil crianças.

Crianças de 6 meses a 4 anos e 11 meses recebem a Pfizer Baby. São três doses, com intervalo de quatro semanas entre as duas primeiras e de oito semanas entre a segunda e a terceira. Em Catanduva, foram 127 doses desse imunizante. Para a faixa de 3 e 4 anos, também é possível a Coronavac, com duas doses distantes 28 dias – não há dados específicos sobre isso na cidade.

Crianças de 5 anos a 11 anos recebem a vacina Pfizer Pediátrica. São duas doses, com intervalo de 21 dias. Em Catanduva, foram aplicadas 4.291 imunobiológicos desse tipo. Para todos os grupos citados acima, não há doses de reforço, que começam para o público a partir de 12 anos.

Pelos números da plataforma Vacivida em Catanduva, entre os bebês de 6 meses a 2 anos, 36 já são considerados faltosos, pois deveriam ter sido levados aos postos de saúde para receber a segunda dose, mas não foram. Para o grupo de 3 a 11 anos, esse número sobe para 1.696.

NÚMEROS GLOBAIS

Catanduva aplicou 303.364 vacinas contra o coronavírus desde o início da pandemia. Foram 106.471 na primeira dose e 100.977 na segunda, 2.959 doses únicas, 65.808 doses de reforço, 26.381 no segundo reforço, 85 no terceiro e 683 doses adicionais para imunossuprimidos. Estão com o esquema vacinal iniciado 89,36% dos catanduvenses e com o completo 84,87%.

Na divisão por sexo, as mulheres receberam 164.467 doses, enquanto os homens 138.897. Além disso, o imunobiológico mais utilizado foi a Coronavac, com 95.913 doses, sendo seguido pela vacina da Pfizer, com 91.247, e da Astrazeneca/Oxford/Fiocruz, com 91.031. As aplicações da Janssen somam 20.755, enquanto Pfizer Pediátrica 4.291 e Pfizer Baby apenas 127 unidades.

A cobertura vacinal é a máxima apenas para as pessoas de 75 a 79 anos. Neste grupo, as doses únicas e segunda dose somam 3.091, equivalente a 100,78% do público estimado. Na sequência aparecem as faixas de 40 a 44 anos (97,26%), 20 a 24 anos (96,76%), 65 a 69 anos (96,47%) e 70 a 74 anos (96%). Os menores índices são de 30 a 34 anos (88,60%) e 18 e 19 anos (88,03%).

Todos os números desta reportagem foram atualizados no sábado, 28 de janeiro, às 11 horas.

FALTOSOS SÃO 5%

O Vacinômetro revela que, levando em conta todas as idades, Catanduva contabiliza 5.287 falsosos da vacina, equivalente a 4,98%. São pessoas que não receberam a segunda dose, essencial para garantir o esquema vacinal completo. A maioria são crianças de 3 a 11 anos (1.696) e adolescentes de 12 a 17 anos (1.002). Logo após vem o grupo de 20 a 24 anos (426).

Quanto às doses de reforço, estavam previstas 96.861 aplicações, mas foram feitas 65.808, resultando em 31.053 faltosos (32,06%). Para o segundo reforço, dos 65.753 previstos, 26.381 foram efetivados, o que representa 39.372 faltosos (59,88%).

Autor

Guilherme Gandini
Editor-chefe de O Regional.

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