A diretoria da Apae Catanduva está em busca de parceiros para ampliar o atendimento a bebês da cidade e região que são prematuros, apresentam atraso ou alterações congênitas e precisam de estimulação precoce. Até o mês de março, a entidade conseguiu suprir a demanda, mas com a crescente procura pelo serviço especializado, formou-se uma fila de espera por vagas.
De acordo com Fabrícia Martins, coordenadora do Ambulatório de Saúde da instituição, a estimulação precoce é fundamental para garantir melhor qualidade de vida das crianças.
“Quanto mais cedo conseguirmos intervir, mais fácil fica minimizar alterações futuras. Esse é um trabalho de base contínuo que não pode parar e tem dado certo desde 2019, quando a UTI pediátrica do Hospital Emílio Carlos e os postinhos de saúde do município passaram a nos encaminhar esses casos. Dessa forma conseguimos agir o quanto antes para que o paciente não sofra com atrasos ou deficiências físicas decorrentes da sua condição”, alerta.
Hoje, a Apae atende 126 crianças de 0 a 6 anos e 70 crianças de 0 a 3 anos por meio de uma equipe multidisciplinar formada por 23 profissionais, como terapeuta ocupacional, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, neurologista, psiquiatra, psicopedagogo, psicólogo, assistente social, educador físico, enfermeiro e auxiliar de enfermagem.
“Para arcar com esse custo contamos com parcerias, convênios e a ajuda da sociedade e a realização de eventos, porém precisamos urgente de ajuda financeira para contratar novos profissionais, ampliar os atendimentos e não deixar ninguém esperando”, afirma a diretora Maura Guerreiro.
O Ambulatório de Estimulação Precoce da instituição possui uma sala de integração sensorial, gaiola de habilidades e piscina de hidroterapia. A equipe acolhe também a família do paciente, para que aprenda a lidar com ele sem preconceito e de maneira colaborativa no tratamento.
Segundo Maura, com a intervenção precoce, a criança tem maior possibilidade de evolução e, com isso, tende a não gerar altos custos no futuro para o município, já que suas dificuldades serão reduzidas ou praticamente sanadas.
Para o presidente da instituição, Júlio Cezar Bottura, é importante que a sociedade e poder público fiquem cientes sobre a realidade enfrentada pela Apae. “Agora estamos buscando o apoio da iniciativa privada para o projeto Empresa Amiga da Apae. Nossa luta não pode parar.”
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