Uma paixão que surgiu em meio à pandemia do coronavírus vem sendo alimentada pela mãe do pequeno Enzo Gabriel Ribeiro Rodrigues, de 4 anos, morador de Palmares Paulista. Devido ao isolamento, ele passou a assistir mais à televisão em casa e chamaram sua atenção, de forma especial, os desenhos com policiais e bombeiros. Ele tinha apenas 2 anos e meio na época.

Sua mãe, Leciane de Castro Ribeiro, frentista de um posto de combustível na rodovia que dá acesso a Catanduva, comprou por delivery um carrinho de polícia para o menino e, depois de um tempo, um dos bombeiros. A família adquiriu também um livro infantil de profissões. “Ele estava aprendendo a falar, então dizia as profissões e que queria ser aquilo”, lembra Leciane.

Dois meses depois, Enzo pediu uma roupa de bombeiro. A tia deu o presente e, no seu aniversário de 3 anos, os combatentes do fogo foram o tema da festa. Pouco depois, Leciane aproveitou a ida até Catanduva para uma consulta médica para passar pela base do Corpo de Bombeiros, onde Enzo foi recepcionado e tirou fotos com os profissionais e nas viaturas.

Tempos depois, pediu uma roupa de policial. O item foi comprado via internet, mas demorou a chegar e, no período, Enzo adoeceu e só melhorou depois que a vestimenta foi entregue em sua casa, mais de 20 dias depois. Na época, conheceu a base da PM de Palmares Paulista e a sede do 30º BPM/I, o Batalhão de Polícia Militar do Interior, que fica localizado em Catanduva.

Superada esta etapa, Enzo viu homens do Exército na televisão e passou a pedir pela farda, que também foi comprada pela mãe. Em contato com policiais ambientais no posto de combustível em que trabalha, Leciane contou a história e que o menino gostaria de conhecê-los.

Em uma ocasião, quando Enzo estava na padaria do avô, em Palmares, viu a viatura da Polícia Ambiental passando e, devido à farda camuflada, acreditou se tratar do Exército. Depois, mesmo com tudo esclarecido, passou a gostar deles. As visitas dos policiais ao comércio se repetiram e os registros fotográficos foram lançados nas redes sociais, chamando a atenção de O Regional.

“Agora que ele está com 4 anos e 4 meses, já entende mais. Expliquei tudo certinho. Ele mesmo pega o Google e manda por voz: o que o Florestal faz, o Google responde. Aí pergunta o que o Bombeiro faz, o Google responde. Agora ele fala que quer ser da Polícia Florestal porque sabe que eles cuidam dos animais e protege a natureza, então ele se apaixonou por isso”, diz a mãe.

Ela afirma que, na família dela e do pai do garoto, José Vitor Souza Rodrigues, ninguém trabalha na área de segurança pública. “Ele aprendeu a gostar assistindo à televisão, reportagens, desenhos e vendo eles pessoalmente, pois sempre levo o Enzo nas bases, pois sei que é uma coisa que ele gosta, então incentivo”. O sorriso dele nas fotos, diz ela, são a prova desse amor.