Com a segunda fase do Enem se aproximando, milhares de estudantes vivem uma mistura de expectativa e ansiedade. Para muitos, o estresse das provas gera mais do que inquietação – ele compromete uma necessidade essencial para o bom desempenho: o sono.
Fábio Macchione dos Santos, pneumologista e médico do sono, observa no consultório como o medo, a pressão e a ansiedade estão afetando cada vez mais jovens nessa fase.
A privação de sono e os problemas relacionados ao descanso são sintomas comuns entre os jovens que enfrentam provas decisivas como o Enem. Para Macchione, que além de especialista é pai de uma “treineira vestibulanda”, esse é um tema de grande importância.
“A falta de sono adequado prejudica o desempenho, afeta a memória e compromete o foco – fatores cruciais em provas como o Enem. Os alunos chegam para a prova esgotados, o que impacta diretamente o desempenho”, pontua.
Muitos estudantes enfrentam dificuldades para pegar no sono ou acordar diversas vezes durante a noite, sinais típicos de uma mente sobrecarregada pela ansiedade.
Fábio destaca que quando o corpo não consegue desligar, o sono não é reparador, e os jovens acabam presos a um ciclo de cansaço e estresse contínuo. “É fundamental identificar esses sinais e buscar ajuda, pois o sono é necessário para o aprendizado e a recuperação mental e física.”
Para melhorar a qualidade do sono, Fábio Macchione sugere práticas simples e eficazes: evitar o uso de aparelhos eletrônicos antes de dormir, buscar exercícios físicos leves e utilizar técnicas de relaxamento, como meditação e respiração profunda, que podem ajudar a reduzir a ansiedade e promover um sono mais reparador.
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