A sala de aula se transformou em um verdadeiro tribunal no Colégio Ressurreição Catanduva. No banco dos réus, ninguém menos que Dom Pedro II. Acusação e defesa foram conduzidas por jovens advogados e promotores; testemunhas se revezaram para sustentar suas versões; escrivãs registraram cada detalhe do plenário; e a novidade deste ano: uma equipe de reportagem formada pelos próprios alunos acompanhou de perto cada passo do julgamento.
O júri simulado é um projeto interdisciplinar dos professores Andrea Justino (Língua Portuguesa) e Rogério Terron (História). Este foi o terceiro júri realizado pelos nonos anos, que, a cada edição, revisitam a História sob uma nova perspectiva. Em 2023, o réu foi o “menor infrator”. Em 2024, o julgamento colocou Getúlio Vargas no centro das acusações. Agora, em 2025, foi a vez do imperador brasileiro enfrentar os olhares críticos de uma nova geração.
“Mais do que um exercício escolar, o júri simulado é uma experiência de protagonismo estudantil, na qual pesquisa, argumentação e interpretação se unem para transformar o aprendizado em prática viva”, expõe a professora Andrea Justino.
A cobertura especial feita pela equipe de reportagem dos alunos promete render ainda mais frutos: um mini documentário do evento, que será lançado em outubro e trará os bastidores, depoimentos e os momentos mais marcantes do julgamento.
“A cada edição, a História ganha novos intérpretes e os alunos, novas vozes. Afinal, quando a sala de aula se transforma em tribunal, o conhecimento se torna experiência”, completa.
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