O Brasil terá 90 atletas na disputa do Campeonato Ibero-Americano de Atletismo de 2024 e, entre eles, estará o catanduvense Altobeli Silva, convocado para as provas de 5 mil metros e 3 mil metros com obstáculos. A competição será realizada na pista do Centro Olímpico de Treinamento da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT), em Cuiabá, de 10 a 12 de maio.

O evento reúne os países ibero-americanos a cada dois anos, incluindo também Andorra e países africanos onde a língua oficial é o espanhol ou português. Ao todo, 25 nações já se inscreveram. "Esta seleção reúne atletas olímpicos, medalhistas em Mundiais e universidades e os que participam de um Ibero pela primeira vez, o que mostra a força de nosso atletismo", ressaltou Wlamir Motta Campos, presidente do Conselho de Administração da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt), durante a convocação realizada na última segunda-feira, 15.

Será a primeira vez que o Centro Oeste recebe a competição. Em anos anteriores, já ocorreu em Manaus-1990, Rio-2000, São Paulo-2014 e Rio-2016, a qual foi pré-olímpica, assim como será a de Cuiabá. E é justamente o índice olímpico que direciona os passos de Altobeli, atualmente.

“Vou com força total. Voltei dos Estados Unidos por causa de uma lesão, estou tratando, creio que daqui a uma semana voltarei aos treinos, então talvez corro o risco de não chegar tão bem condicionado lá. Mas tenho chance ainda assim de brigar para ganhar a prova”, pontua o atleta.

Para conseguir vaga nos Jogos Olímpicos de Paris, Altobeli diz que precisa vencer o Ibero-Americano correndo 8 minutos e 30 segundos nos 3 mil metros com obstáculos, que foi a prova que o levou para duas olimpíadas. Além disso, precisaria ganhar o Troféu Brasil, em São Paulo, que é o mais importante do país, e também o GP Brasil, no Rio de Janeiro, com a mesma marca.

“Ganhando essas três competições estou 99% nos Jogos Olímpicos. São chances claras, porque não é por índice que estou tentando ir. Pretendo ir por bom desempenho em competições, que é o que eles estão levando mais em consideração, premiando os atletas que mantém constância, competindo com frequência e obtendo bons resultados”, projeta o corredor.

A relação entre vitória e tempo, segundo Altobeli, é necessária para mostrar que o atleta está em alto nível e desempenhando bons resultados. “O Comitê Olímpico Internacional leva muito em consideração isso”, garante. “A janela fecha no início de julho. Depois só daqui quatro anos.”