O atleta catanduvense Altobeli Silva foi campeão da 1ª Meia Maratona Internacional ‘Capitão Alberto Mendes Junior’. O evento foi realizado no domingo, 22, com largada na rodovia Benedito Pascoal de França, na cidade de Sete Barras/SP, onde está o marco histórico em homenagem ao militar, e chegada no 14º Batalhão da Polícia Militar do Interior, em Registro/SP.
A Prova de Pedestrianismo teve 22 km, com os corredores percorrendo trechos das rodovias SP-165, SP-139 e BR-116. “Foi uma prova saindo de um ponto e chegando em outro. Então foi bem legal, bem interessante”, elogiou Altobeli, que ganhou R$ 4 mil como premiação.
Depois da vitória ele já retomou os treinos em Catanduva, de olho no próximo compromisso, a Dez Milhas Garoto, no Espírito Santo, em 29 de setembro, que pagará R$ 40 mil ao primeiro colocado. “Vou treinar em determinados lugares em Catanduva e, às vezes, vou fazer algum treino com mais qualidade em São José do Rio Preto”, projeta o atleta olímpico.
Em Catanduva, ele opta por estradas de terra no entorno da cidade. “Eu preciso de espaço, preciso correr, treinar, me condicionar correndo na terra. Porque é mais difícil, é mais arenoso, né? E como eu vou fazer muito volume de rodagens semanais para essas competições, preciso treinar num lugar onde não gere muito impacto, onde não tem calçada, praça e muita gente.”
No primeiro semestre, Altobeli chegou a treinar período no exterior para tentar conquistar uma vaga nos Jogos Olímpicos de Paris. Agora, segundo ele, apesar de as provas previstas até o final do ano terem alto nível e atraírem atletas internacionais, elas não têm a mesma dificuldade que as competições do exterior. A agenda ele ainda tem a Maratona de Curitiba e a São Silvestre.
“Para a São Silvestre eu quero me preparar na Colômbia, na altitude, no mês de dezembro, para sonhar estar entre as primeiras colocações e buscar um grande resultado. Esse é o objetivo.”
HOMENAGEADO
Alberto Mendes Júnior, que deu nome à corrida realizada em Registro, foi um oficial da Força Pública do Estado de São Paulo durante a ditadura militar no Brasil. Em 1970, Mendes Júnior liderou um dos pelotões enviados para o Vale da Ribeira para investigar denúncias de que haveria na região área de treinamento de guerrilhas da Vanguarda Popular Revolucionária.
Ele morreu aos 23 anos, em 10 de maio daquele ano. Segundo a Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo), foi executado a coronhadas, depois de uma emboscada, por um grupo de oposição ao governo da época, liderado pelo desertor do exército Carlos Lamarca.
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