Advogadas lançam cartilha e gibis com orientações de saúde e educação
Flávia Malaquias Chagas e Gabriela Santos Morais pretendem utilizar materiais em palestras nas escolas e clínicas médicas
Fotos: ARQUIVO PESSOAL - Da inquietação das advogadas Gabriela Santos Morais e Flávia Malaquias Chagas surgiram a cartilha e os gibis
Por Guilherme Gandini | 23 de novembro, 2022

O contato do dia a dia com clientes do escritório e as dificuldades relatadas por eles fizeram com que as advogadas Flávia Malaquias Chagas e Gabriela Santos Morais, de Catanduva, buscassem formas de ir além. Dessa inquietação surgiram a cartilha “Vamos falar? Direitos e Deveres dos Pacientes” e os gibis “Pequenos Pacientes” e “Eu faço direito”.

Especialista em Direito Médico, Flávia conhece bem as dificuldades que existem no relacionamento entre os profissionais da saúde e os pacientes, seja pela falta de orientação, pela automedicação ou outros descuidos, como a não realização de exames preventivos.

“O paciente possui sua parcela de responsabilidades para que se obtenha um bom resultado no tratamento, seja ele qual for, tendo com isso alguns direitos e deveres que trazemos nessa cartilha”, diz ela, reforçando o foco preventivo. “Temos que fazer nossa parte.”

A abordagem, ressalta Flávia, é feita em linguagem simples e clara, com situações do dia a dia, mas que fazem muita diferença no diagnóstico e tratamento. A cartilha também será utilizada por elas como material de apoio para palestras em clínicas, hospitais e unidades de saúde.

Ainda na área médica, as profissionais do Direito produziram o gibi “Pequenos Pacientes”, ao se sensibilizarem com o público infantil. “O ambiente hospitalar é percebido pela criança como uma situação nova e um local desconhecido. Podendo gerar várias reações a esse paciente infantil, como angústia, ansiedade, insegurança, medo, agressividade, entre outras”, relata.

Ela frisa que, além da presença de um familiar, que é essencial, existem outros meios capazes de contribuir para que a criança fique mais calma. Daí surgiu o gibi, que aborda história, pintura e desenho. “Foi elaborado com objetivo de auxiliar no controle dos sentimentos do paciente infantil, diminuindo a ansiedade e gerando a perspectiva de que vai ficar tudo bem.”

A história trata de duas crianças que conversam sobre os seus problemas de saúde no hospital, falam dos seus medos, sonhos, da importância dos profissionais da saúde, dos seus tratamentos, das restrições devido ao problema de saúde e, por fim, ambos recebem alta.

“O objetivo é mostrar para o paciente que cada tratamento possui suas características, dificuldades e tempo de cura, mas que no final acaba tudo bem”, detalha a advogada.

O gibi é feito para colorir, pois a pintura também irá auxiliar na distração da criança durante o tratamento. Na última página, o pequeno paciente é levado a desenhar a primeira coisa que pretende fazer quando receber alta, gerando esperança de que essa situação irá passar.

‘EU FAÇO DIREITO’

Mais voltado à área da educação, o gibi “Eu faço direito” aborda vários temas como a Constituição Federal (direitos e deveres), Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), bullying, educação sexual, “desafios” da internet, meio ambiente, drogas e educação financeira.

Através de histórias em quadrinhos as crianças aprendem a conviver em sociedade e a respeitar as diferenças. “E também a se cuidar, como na educação sexual, “desafios” da internet, drogas e demais temas tratados. O objetivo é que se tornem adultos em uma sociedade mais justa e, principalmente, mais humana”, complementa.

Autor

Guilherme Gandini
Editor-chefe de O Regional.

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