A menos de 20 dias para o início da Copa do Mundo, comércio está otimista
Bola oficial está disponível, assim como camisas licenciadas, mas por falta de matéria-prima, vendedores relatam não ter as camisas deste ano
Crédito: O Regional - Em Catanduva, já estão sendo vendidas as bolas oficiais em dois modelos, além de camisas do Brasil licenciadas
Por Stella Vicente | 04 de novembro, 2022

A Copa do Mundo do Catar começa no dia 20 de novembro, com a partida entre os anfitriões e a seleção do Equador. Faltando menos de 20 dias para o início do torneio, os comerciantes do ramo esportivo de Catanduva estão otimistas com as vendas.

Eventos esportivos tendem a movimentar a economia da cidade, visto que o brasileiro tem grande apreço pelo futebol. Segundo Jesus José Queiroz Leão, o Gê, proprietário de uma loja de artigos esportivos em Catanduva, eles estão esperançosos.

“Estamos com um déficit de mercadoria em questão da pandemia. Mas aguardamos ansiosos para que cheguem dentro do tempo previsto e estamos esperançosos. De certa forma, sempre que vem um esporte à tona motiva as pessoas a praticarem e isso acaba nos ajudando”, relata o comerciante.

Assim como o estabelecimento de Gê, lojas da cidade já receberam e estão vendendo camisas licenciadas, em especial as amarelas, a partir de R$ 69,90, assim como a bola oficial da Copa, a nova Adidas Al Rihla - cujo significado é “A Jornada” em árabe - que pode ser encontrada a partir de R$ 199,90.

Porém, as camisas oficiais lançadas pela Nike ainda não estão disponíveis em Catanduva. Segundo os lojistas, o motivo é a falta de matéria-prima, o que faz a distribuidora priorizar as vendas online em seus sites oficiais. De acordo com Gê, a previsão era de que as peças chegassem ainda no início de novembro.

Ainda assim, a procura pelos itens relacionados à Copa do Mundo já está grande. Ele também conta que, por conta da associação com as eleições, acabaram vendendo muitas camisas licenciadas. “A bola já recebemos há uns 90 dias e tem vendido bastante. São em duas cores, tem a branca e tem a prata”, destaca.

Ele ainda comenta se a questão de a Copa ter mudado de data para a edição de 2022 pode impulsionar as vendas, visto que geralmente o torneio é realizado no meio do ano e este ano será no final. “A Copa veio para um mês que para o comércio é muito bom, que é o mês de dezembro. Como é algo totalmente novo, vai ser uma experiência, mas esperamos que sim. Estamos confiantes porque já é um mês muito bom. O mês de dezembro é o mês do comércio”, brinca Gê.

Coincidentemente, Gê tomou a frente da loja em junho de 2018, ano da Copa do Mundo da Rússia, e diz que o movimento foi ótimo. “Foi muito bom, além das expectativas. Estávamos engatinhando, começando a aprender o segmento, mas foi muito bom. O que eu percebo é que o esporte é ligado a muitas datas, temos as Olimpíadas, que sempre motiva as pessoas que começam a praticar esporte, assim como a Copa, já que o brasileiro é apaixonado por futebol”, comenta.

Ainda que esteja otimista, outro ponto abordado por Gê é o momento pelo qual o país passa atualmente. “Estamos em um ano bem turbulento, saímos de uma pandemia e agora tem essa questão da política que está bem complicada. Mas o comerciante tem que acreditar, o empreendedor tem que sonhar e é o que nós estamos fazendo. Estamos sonhando, acreditando, investindo e esperamos ter o retorno”, projeta.

BOX

Pesquisas por TVs aumentaram em setembro

Da Reportagem Local

A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) tem expectativa de R$ 1,48 bilhão em vendas relacionadas diretamente à Copa do Mundo de 2022. O percentual é 7,9% acima do volume registrado na Copa de 2018, que ocorreu na Rússia e movimentou R$ 1,37 bi. A maior projeção de vendas está no ramo de móveis e eletrodomésticos, registrando R$ 544,5 milhões, seguido dos eletroeletrônicos e artigos pessoais, com R$ 332,6 milhões.

“A Copa do Mundo vem depois de um período de pandemia que trouxe reflexos profundos ao varejo, que está retomando os volumes de venda e, nesse sentido, esse crescimento deve ser comemorado”, afirma o presidente da CNC, José Roberto Tadros.

Em setembro, faltando dois meses para o Mundial, houve aumento de 6,7% na pesquisa por smart TVs em lojas on-line, em comparação com agosto. Antes do campeonato de 2014, realizado no Brasil, as buscas foram 6,3% maiores e, em 2018, cresceram 5,3%.

Um dos fatores apontados pelo economista da CNC responsável pela apuração, Fabio Bentes, é que os consumidores pensam em aproveitar a queda dos preços desses equipamentos que, segundo o IPCA, reduziram 3,2% de janeiro a agosto deste ano. “A busca na internet costuma acelerar três meses antes do Mundial e, neste ano, como o campeonato será realizado a menos de uma semana da Black Friday, as compras devem ocorrer mais perto do próprio evento”, avalia Bentes.

Autor

Stella Vicente
É repórter de O Regional.

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