Apenas nos quatro primeiros meses deste ano, 121 acidentes envolvendo postes foram registrados na área de concessão da Energisa Sul-Sudeste. Destes, 10 aconteceram na região de Catanduva. Os números preocupam porque, além dos riscos de choque elétrico e fatalidade para condutores, passageiros e até pedestres, a maioria dessas ocorrências prejudicou consumidores que, sem saber do problema, tiveram a energia elétrica interrompida temporariamente devido aos danos que as batidas causaram à rede elétrica.
No mês em que o Movimento Maio Amarelo ascende as discussões sobre os acidentes de trânsito no mundo todo, a Energisa Sul-Sudeste reforça o alerta para os perigos dessas colisões e orienta a comunidade sobre os procedimentos a serem adotados em caso de acidentes envolvendo postes.
Luiz Moreto Vicentin Junior, gerente do Departamento de Projetos, Construção e Manutenção da Energisa Sul-Sudeste, expõe que os 10 acidentes com postes contabilizados entre janeiro e abril deste ano, na região de Catanduva, deixaram 757 clientes sem energia elétrica. Vale lembrar que a distribuidora atende 15 municípios na região.
“Houve situações em que uma colisão causou danos a mais de um poste, rompeu cabos e comprometeu o funcionamento da rede elétrica. E, ainda que o impacto da batida não interrompa o fornecimento da energia imediatamente, muitas vezes precisamos realizar um desligamento emergencial para substituir os postes e executar os reparos nas demais estruturas. Essa é uma atividade de maior complexidade, portanto leva um tempo adicional para ser executada com segurança”, explica Moreto.
Para minimizar o impacto desses desligamentos coletivos, a rede de distribuição da Energisa conta com uma tecnologia que permite realizar manobras no sistema elétrico de maneira remota, a fim de agilizar o restabelecimento da energia para o maior bloco de clientes possível, enquanto as equipes se dirigem para os trabalhos no local do acidente.
Paralelamente, a distribuidora tem investido na instalação de equipamentos de proteção nos postes, semelhantes aos utilizados nas pistas de corridas automobilísticas. Feitas com borracha e areia, essas estruturas são instaladas em pontos estratégicos e de grande movimentação, e ajudam a diminuir o impacto da batida e garantir a segurança do condutor e do poste atingido.
“Porém, o que nos preocupa não são apenas os danos e reposição dos postes, mas também a segurança das pessoas que se envolvem nesses acidentes ou que estejam passando pelo local”, reforça Moreto.
Isso porque, além das graves consequências para os ocupantes dos veículos na hora da batida, outras pessoas correm o risco de sofrer um choque elétrico, até fatal, ao ter contato com cabos energizados caídos no chão ou sobre o veículo.
“Então é imprescindível que os ocupantes do veículo permaneçam dentro dele, sem tocar nas partes metálicas, aguardando a chegada de uma equipe especializada da distribuidora, que irá realizar os procedimentos com a máxima segurança. E, quem se deparar com um acidente, precisa manter a distância e entrar em contato com a Energisa e com o Corpo de Bombeiros”, complementa Juliana Volpi Favaretto, coordenadora de Saúde e Segurança da Energisa Sul-Sudeste.
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