Para dar continuidade ao 'Epicovid 2.0: Inquérito nacional para avaliação da real dimensão da pandemia de Covid-19 no Brasil', o Ministério da Saúde iniciou a segunda fase da coleta de dados na última segunda-feira, 11. Ao longo do mês de março, serão realizadas visitas domiciliares a 33.250 pessoas que tiveram Covid-19 em 133 municípios brasileiros, sendo 11 em São Paulo.

O objetivo é levantar dados para subsidiar a criação de políticas públicas direcionadas ao tratamento das chamadas condições pós-covid (covid longa), que são as sequelas da doença.

No Estado de São Paulo, participam da pesquisa as cidades de Araçatuba, Araraquara, Bauru, Campinas, Marília, Presidente Prudente, Ribeirão Preto, São Paulo, São José do Rio Preto, São José dos Campos e Sorocaba.

O monitoramento da Covid-19 vem sendo feito pelo Ministério da Saúde desde maio de 2023, tendo em vista que a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 20% das pessoas, independentemente da gravidade da doença, desenvolvem condições pós-covid.

Neste sentido, a apuração dos dados relativos ao Brasil possibilitará a ampliação de serviços, como atendimento neurológico, fisioterapia e assistência em saúde mental. A expectativa é que o período de coleta dos dados, nessa nova etapa da pesquisa, dure entre 15 e 20 dias.

DINÂMICA

A pesquisa usará informações de 250 cidadãos de cada um dos municípios que já fizeram parte das quatro rodadas anteriores do trabalho científico, em 2020 e 2021. Para isso, entrevistadores visitarão as residências para ouvir os moradores. Todos os participantes serão selecionados de forma aleatória, por sorteio. Não haverá qualquer tipo de coleta de sangue ou outro teste.

Além do Ministério da Saúde, estão envolvidas no estudo a Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Universidade Católica de Pelotas (UCPel), Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e Fundação Getúlio Vargas (FGV).