Tempo seco e clima frio: como manter a saúde respiratória em dia?
Pneumologista Fábio Macchione do Santos, cooperado da Unimed Catanduva, explica diferença entre doenças e esclarece dúvidas
Foto: DIVULGAÇÃO - No tempo seco, a hidratação é fundamental, sobretudo para crianças e idosos
Por Da Reportagem Local | 07 de julho, 2022
 

Com a chegada do inverno é muito comum o aumento de doenças respiratórias. A combinação de clima frio e tempo seco agrava a situação e provoca aumento nos sintomas relacionadas às alergias e doenças inflamatórias, sejam elas infecciosas ou não. Pacientes com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), ocasionada principalmente pelo tabagismo, devem redobrar a atenção no período, a fim de evitar agravar a doença.  

De acordo com o pneumologista Fábio Macchione do Santos, cooperado da Unimed Catanduva, nesta época, os cuidados devem ser redobrados com crianças e idosos, mais suscetíveis a doenças respiratórias graves. “A evolução é mais complicada. Inclusive, a incidência de desfechos trágicos, como o óbito, é comum no extremo da idade. Especialmente em crianças menores de dois anos e pacientes acima de 65 anos”.   

O período também intensifica o surgimento de alergias crônicas, como sinusite, faringite e rinite. Para amenizar os sintomas, é necessário tratamento adequado. “O tempo seco é extremamente tóxico principalmente para as crianças, pois aumenta a inflamação e predispõe a reinfecção”, ressaltou o pneumologista. “Elas precisam de uma atenção maior para controlar as crises, gerar qualidade de vida e impedir, por exemplo, que desenvolvam apneia”.   

O tratamento deve ser realizado em consultório, com médico especialista. “Sempre orientamos os pacientes a procurar pelo médico que já tem o seu histórico clínico. Isso facilita muito o diagnóstico. O Pronto Socorro deve ser procurado somente em casos de urgência e emergência”.  

COMO DISTINGUIR OS SINTOMAS  

O diagnóstico correto garante o sucesso do tratamento. Por isso, saber distinguir os sintomas de cada doença é extremamente importante. “Temos uma tendência cultural de chamar qualquer sintoma respiratório de gripe, quando, muitas vezes, pode ser uma crise alérgica, um resfriado ou um processo de pneumonia. Ao ser avaliado por profissional capacitado, o paciente terá o diagnóstico e poderá tratar a causa da doença, e não somente os sintomas”, ressaltou.   

GRIPE (Influenza): os sintomas duram em torno de três a cinco dias: dor no corpo, dor de cabeça, febre alta, muita dor de garganta, sintomas respiratórios intensos, tosse reprodutiva e outros.    

RESFRIADO: os sintomas são mais leves, podendo até ter febre, porém, de acordo com o médico, uma febrícula (febre fraca), sem atrapalhar as atividades diárias.   

COVID-19: existe o vírus inicial e as suas variações, sendo a maioria delas causada pela cepa Ômicron. “A Ômicron tem duas características: é extremamente transmissível (independentemente do histórico vacinal e infecções anteriores) e se assemelha a uma gripe fraca, com sintomas parecidos ao de um resfriado. Normalmente, começa com um desconforto na garganta, rouquidão e sintomas de vias áreas (coriza, congestão nasal)”.  

Em todas as situações, os sintomas tendem a piorar durante a noite. O ar condicionado é apontado como um dos principais inimigos das vias respiratórias. “Ele resseca o ambiente, intensifica a tosse e a congestão nasal. O ventilador pode ser ligado, desde que o quarto esteja sem pó”. Para uma boa qualidade de sono, Macchione recomenda hidratação constante e uma boa umidificação do quarto, seja com umidificador ou uma bacia com toalha. 

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Da Reportagem Local
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