Rede de apoio é fundamental durante o período de amamentação
Unimed Catanduva prioriza o aleitamento com abordagem abrangente sobre o tema em curso para gestantes e no momento do parto
Foto: UNIMED CATANDUVA - Pediatra Gisele Couto diz que alimentação da mãe durante a amamentação é importante
Por Da Reportagem Local | 08 de agosto, 2022

O tema escolhido pelo Ministério da Saúde e Unicef para a campanha Agosto Dourado deste ano, voltada ao incentivo e conscientização sobre a importância da amamentação, foi 'Apoiar a amamentação é cuidar do futuro'. Na Unimed Catanduva, o assunto é abordado de forma recorrente com as gestantes do curso Bê-a-Bá Bebê, desenvolvido pela Medicina Preventiva, e no momento do parto, com a equipe de Enfermagem do Hospital Unimed São Domingos (HUSD).   

Na operadora, as mamães, principalmente as de primeira viagem, recebem dicas e orientações sobre a mamada e sobre como alimentar seu bebê. Aqueles que nascem prematuros ou precisam de cuidados específicos na UTI Neonatal não ficam sem o leite materno. Isso porque o tratamento humanizado do HUSD inclui sala de ordenha, onde as mães podem fazer a coleta com auxílio e acompanhamento de profissional capacitado, deixando o leite refrigerado por até 12 horas em local adequado para servir de alimento ao bebê.  

A pediatra Gisele Couto, cooperada da Unimed Catanduva, reforça a importância da rede de apoio às mamães durante o período de amamentação. “O processo do aleitamento não deve ser uma imposição, mas uma decisão da mulher. A rede de apoio familiar e profissional e a empatia de pessoas próximas são fundamentais neste momento”.  

A especialista explica que o leite materno oferece vários benefícios para o desenvolvimento infantil do bebê, a exemplo do desenvolvimento cognitivo e intelectual. “O leite materno promove adequado crescimento e maturação do cérebro da criança”. A mielinização do sistema nervoso central se faz até os 18-24 meses de idade da criança e os nutrientes do leite materno, principalmente os lipídios (gordura no leite materno) são essenciais.   

O bebê nasce com o sistema de defesa (imunológico) imaturo, sendo que a maioria dos constituintes do sistema de defesa do organismo atingem sua plenitude funcional até por volta dos 2 anos de idade. “Neste período, o leite materno faz a complementação”, reforçou, pois o leite materno é ‘’leite vivo”, contendo todos os constituintes do sistema imunológico, inclusive anticorpos que protegem contra infecções.  

A alimentação da mãe durante a amamentação também é importante. “A mamãe que amamenta não pode ingerir álcool, nem mesmo a cerveja preta. Se, por algum motivo, houver a ingestão de álcool, a mãe deve aguardar umas três horas para amamentar, para não afetar o bebê”, ressaltou.   

A regra é “pegar leve” com as xantinas, ou seja, ingerir com moderação:  café (cafeína), chás (teofilina), refrigerante com cola, energéticos e chocolates, que são estimulantes para cólicas no recém-nascido.   

De acordo com a pediatra, a dieta da lactante ou nutriz (mulher que amamenta) deve ser balanceada. “Uma mãe que amamenta precisa de 500 calorias e 20 gramas de proteínas a mais, por dia. A ingestão de líquidos também é muito importante. “Aconselhamos ao menos dois litros de líquidos ao dia, se não há co-morbidades”, recomenda.  

A médica ressalta que o uso da chupeta e mamadeira deve ser evitado na fase inicial do aleitamento, pois o recém-nascido faz “confusão de bicos” e larga o seio materno. Importante: quando a amamentação não é possível, a pediatra Gisele Couto orienta a oferta de leite materno “no copinho” próprio para recém-nascidos, com as bordas arredondadas, logo após a ordenha.  

A substituição do leite materno por fórmulas nutricionais, que devem ser recomendadas por profissional capacitado, é medida que deve ser adotada somente em casos extremos. 

COLOSTRO   

Nos primeiros dias após o nascimento do bebê, a mãe produz o colostro – concentrado em gorduras e proteínas. A quantidade produzida é menor, porém, suficiente para saciar o bebê. É recomendado amamentar o recém-nascido em intervalos mais frequentes, deixando-o por cerca de 15 minutos em cada seio.  

O colostro é riquíssimo em anticorpos, produzidos pela mãe quando frente a infecções, e esses anticorpos são repassados à criança na amamentação. Entre o terceiro e o sétimo dia, começa o leite de transição. O leite maduro só faz sua apojadura a partir entre o sétimo e o décimo dia de vida.

“Nesta fase, a mamada deve durar de 30 a 40 minutos, em uma mama por vez, começando sempre com a mama oferecida por último, pois o leite inicial rico em açúcares sacia, mas o leite do final da mamada mais rico em gorduras tem mais calorias para o ganho de peso.”  

 

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Da Reportagem Local
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