Nesta quarta-feira, dia 13 de abril, é celebrado o Dia do Hino Nacional Brasileiro. A data foi escolhida porque, em 13 de abril de 1831, a música composta em 1822 pelo maestro e professor Francisco Manuel da Silva foi apresentada na despedida de Dom Pedro I, que voltou para Portugal, deixando o trono para seu filho, Dom Pedro de Alcântara.
“O Dia do Hino Nacional é comemorado em 13 de abril, porque na mesma data, no ano de 1831, a música, elaborada no ano de 1822, ano em que a Independência do Brasil ocorreu, pelo maestro e professor Francisco Manuel da Silva, foi executada pela primeira vez em público. A execução se deu pelo fato da despedida de D. Pedro I, que retornava para Portugal, na época da abdicação do trono em favor de seu filho, futuro D. Pedro II. O hino foi escrito na época da Independência do Brasil em relação a Portugal, onde é possível perceber várias referências do fato na letra do hino”, explica o professor de história Thiago Baccanelli.
O educador destaca que o hino é um símbolo nacional. “O hino é um símbolo do nacionalismo brasileiro, que ganhou grande força no século XIX, em épocas de independências do continente americano. Além disso, como símbolo nacional, o hino, ao ser entoado, faz sempre um resgate da história do Brasil e o respeito à pátria, trazendo muita emoção e recordação histórica.”
Baccanelli também pontua o significado de trechos do hino nacional, começando pelo primeiro parágrafo: “Ouviram do Ipiranga as margens plácidas, de um povo heroico o brado retumbante. E o sol da liberdade, em raios fúlgidos, brilhou no céu da pátria nesse instante”. “Essa primeira parte faz referência ao 7 de setembro, dia da Independência do Brasil, em 1822, onde, nas calmas margens do rio Ipiranga, em São Paulo, D. Pedro proclama o grito forte de Independência, ouvido pelo provo brasileiro. A importância do ato foi tão grande que o sol da liberdade aparece nesse momento, em raios intensos.”
Outro destaque é o trecho “Se o penhor dessa igualdade, conseguimos conquistar com braço forte. Em teu seio, ó liberdade, desafia o nosso peito a própria morte!”. “Mais uma vez o trecho faz referência ao processo de Independência do Brasil. Se foi conquistado com braço forte, garantindo uma igualdade política com Portugal, sendo agora livre e independente, lutaremos até a morte para defender essa liberdade. O poeta personifica a Liberdade, expressando como se no coração dela o nosso peito é capaz de desafiar a própria morte.”
Por fim, Thiago fala sobre a parte “dos filhos deste solo és mãe gentil, Pátria amada, Brasil!”. “Aqui o autor representa o amor que a pátria (Brasil) tem em relação aos brasileiros. É uma mãe gentil para com seus filhos brasileiros e muito amada por eles.”
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