
Todos os anos, na primeira terça-feira de maio, acontece o Dia Mundial de Combate à Asma, com o objetivo de esclarecer informações e prevenir os sintomas. O médico pneumologista Renato Macchione alerta que a doença pode agravar em algumas situações e, se não tratada corretamente, chegar a situações de morte.
A asma é uma doença crônica e inflamatória que acomete parcela significativa da população. “Adultos e crianças podem ser afetados, com mais frequência para as crianças, em torno de 15% da população”, informa.
Segundo ele, a melhor forma de cuidar da asma é com o tratamento em longo prazo. “Essa é uma doença que exige o tratamento a longo prazo, não apenas nas crises e, muitas vezes, os pacientes abandonam o tratamento em razão da perspectiva de que a crise passou”, lamenta o médico, ponderando que, na verdade, eles estão lidando com o efeito contrário.
“O rebote da crise, uma nova inflamação, torna a via aérea mais obstruída e gera internações, visitas às unidades de saúde e o risco de morte”, complementa.
As mortes causadas pela asma, segundo as estatísticas, são de cerca de 10 casos para cada 100 mil habitantes por ano. “Em uma cidade como Catanduva, chegamos a 10 óbitos pela asma, sendo que ela é uma doença tratável e controlada”.
O médico orienta que os remédios auxiliam ainda mais no processo de controle. “Hoje em dia, temos os imunobiológicos, que é um grande passo para a medicina e que, em alguns casos, a remissão completa da doença”, diz, aconselhando atenção e cuidado diário. “Devemos tratar a asma rotineiramente e usar a medicação inalatória preventiva”, finaliza.
SINTOMAS
A asma é um processo que afeta todo o organismo e não somente as vias aéreas inferiores, que aumentam a produção de secreções e prejudicam a passagem de ar. O asmático tem tosse frequente, prolongada, geralmente durante a noite, nem sempre com catarro, além de chiado, cansaço, opressão no peito com dificuldade para respirar.
Esses sintomas podem aparecer juntos ou ocorrer isoladamente. A existência de tosse crônica ou a falta de ar ao praticar exercícios físicos podem ser outros sinais da doença.
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