Neurologista alerta que esclerose é mais diagnosticada entre adultos jovens
Três atrizes famosas têm a doença, comumente associada às pessoas idosas; ela não tem cura, mas é possível tratar os sintomas
Fotos: Divulgação - Atrizes Guta Stresser, Claudia Rodrigues e Ana Beatriz Nogueira têm esclerose múltipla
Por Da Reportagem Local | 30 de maio, 2023

Esclerose é geralmente associada à idade avançada pela maioria das pessoas. Ledo engano. No Brasil, a idade média das pessoas diagnosticadas com a doença é de 35 anos. Para derrubar mitos como este e trazer luz para o problema neurológico é que 30 de maio foi definido como o Dia Nacional de Conscientização Sobre a Esclerose Múltipla. Cerca de 40 mil pessoas são acometidas pela doença, por ano, no país, segundo a Associação Brasileira de Esclerose Múltipla (Abem).

Entre os adultos que têm a doença, três são as atrizes famosas: Claudia Rodrigues (a Marinete na série "A Diarista"), Guta Stresser (a Bebel em "A Grande Família") e Ana Beatriz Nogueira (de novelas como "O Rei do Gado", "Caminho das Índias" e "Malhação: Vidas Brasileiras").

“Conhecer a doença e seus sintomas é fundamental para que o diagnóstico ocorra o mais cedo possível, alerta a neurologista Marina Mamede, do Austa Hospital. “Existem várias doenças inflamatórias e infecciosas que podem ter sintomas semelhantes ao da esclerose múltipla. Por isso, ao constatar um sintoma, deve-se procurar o neurologista o mais breve possível”, orienta.

Além da análise da vida do paciente e da avaliação criteriosa, o médico neurologista dispõe de vários recursos diagnósticos, como exames como a ressonância magnética e laboratoriais para concluir se o paciente tem ou não esclerose múltipla. Estes recursos estão disponíveis, por exemplo, em centros médicos como o Austa Hospital e o Austa Medicina Diagnóstica.

A esclerose múltipla (EM) é uma doença neurológica, crônica e autoimune, ou seja, as células de defesa do organismo atacam o próprio sistema nervoso central, provocando lesões cerebrais e medulares. Ela não tem cura e pode se manifestar por diversos sintomas como, por exemplo, fadiga intensa, depressão, fraqueza muscular, alteração do equilíbrio da coordenação motora, dores articulares, disfunção intestinal e da bexiga.

O desconhecimento sobre a causa da doença, no entanto, não foi obstáculo para o desenvolvimento de vários tipos de tratamento. “Se não temos como atuar sobre a causa, com o tratamento buscamos ao menos reduzir a atividade inflamatória e os surtos ao longo dos anos e contribuir para minimizar ao máximo a incapacidade durante a vida do paciente. O mais importante é proporcionar qualidade de vida ao paciente”, afirma Marina Mamede.

Como são vários os sintomas, o arsenal de medicamentos também é enorme. São imunomoduladores, imunossupressores, corticoides, interferons e anticorpos monoclonais, entre muitos outros. O tratamento, no entanto, não se resume a medicamentos. Ao lado do neurologista, atuam outros profissionais, como psicólogo, fisioterapeuta e fonoaudiólogo.

Todos agem de maneira integrada visando reduzir a espasticidade, espasmo, fadiga, depressão, entre diversos outros sintomas, e promover a adaptação e recuperação do paciente, quando possível, e prevenir complicações como deformidades ósseas.

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Da Reportagem Local
Redação de O Regional

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