Mutirão de 40 cirurgiões plásticos reconstrói mamas de 31 pacientes
No Dia Internacional da Mulher, mulheres recuperam autoestima graças ao Recmama, realizado no Hospital de Base
Foto: Divulgação/HB - Antônio Bozola, chefe da Cirurgia Plástica do HB, opera uma das 31 pacientes
Por Da Reportagem Local | 11 de março, 2024

No Dia Internacional da Mulher, 31 pacientes do SUS receberam um presente que tem impacto enorme em suas vidas. Pela primeira vez no Estado de São Paulo, 40 cirurgiões plásticos uniram-se em mutirão para, na sexta-feira e sábado, reconstruírem as mamas de mulheres que venceram o câncer. A iniciativa vai antecipar em até oito meses o tempo de espera de algumas dessas pacientes. Além de reconstruções, foram feitas também pigmentações das aréolas dos seios.

Provenientes de quatro Estados brasileiros, os profissionais se juntaram no Hospital de Base (HB), de São José do Rio Preto, anfitrião do mutirão e que integra o complexo hospitalar da Funfarme, o maior do interior paulista. A 11ª edição do Recmama é a primeira no Estado de São Paulo e, desde o início, em 2013, em João Pessoa/PB, mais de 210 mulheres foram operadas.

A ação mobilizou mais de 100 pessoas no HB de Rio Preto, somando os 40 cirurgiões e equipe multidisciplinar formada por psicólogos, enfermeiros, técnicos em enfermagem, fisioterapeutas e até tatuadores especializados em reconstrução da aréola mamária.

“O Recmama possui importância social relevante e, felizmente, deu bastante certo. Estes renomados cirurgiões plásticos e professores do Brasil e do mundo demonstram solidariedade e altruísmo ao aderirem ao mutirão, de forma voluntária, em benefício das pacientes do SUS”, afirma o cirurgião plástico Antonio Roberto Bozola, chefe do Serviço de Cirurgia Plástica do HB.

O especialista ressalta que a reconstrução mamária é um procedimento que vai muito além da estética. “É um cuidado com a saúde mental e física da mulher. O Recmama foi criado pela boa vontade de renomados cirurgiões que, juntos, devolvem a dignidade a essas mulheres e ainda intensificam seus conhecimentos. É um ganho mútuo para toda a sociedade”, afirma.

A dona de casa Silvana Vick Ribeiro Marques, foi uma das primeiras a serem operadas. Ela foi diagnosticada com câncer em dezembro de 2021 e, três meses depois, passou por cirurgia. “Mexe muito com nossa cabeça e a autoestima. Felizmente, tive muito apoio da família”, disse.

O Hospital de Base de Rio Preto é referência em cirurgia plástica no Estado de São Paulo. Realiza cerca de 20 reconstruções mamárias por mês. “O objetivo do encontro é agilizar fila de espera, ao atender um número maior de mulheres. Ficamos gratos por tantos profissionais de medicina se disponibilizarem a sair de seus estados, e até países, utilizando de recursos próprios, para operarem de forma gratuita”, completa Ítalo Bozzola Filho, professor e cirurgião plástico do HB.

No HB são feitas, todos os anos, cerca de 2.200 cirurgias plásticas, dentre elas tumores de pele, reconstrução e redução de mamas, traumas de face, de mão, escaras, feridas, plástica de nariz, de abdome, de face, doenças congênitas, reconstrução de orelhas, além de sequelas de queimaduras, dentre outras tanto pelo SUS quanto convênios.

HISTÓRIA

O serviço de cirurgia plástica do Hospital de Base nasceu juntamente com o centro cirúrgico numa cirurgia, dentre as duas primeiras da história, de fissura labiopalatina, em 1971. A partir daí o serviço se desenvolveu e em 1982 foi fundado o centro de treinamento de residentes da cirurgia plástica, considerado um dos melhores do país em qualidade. Atualmente, o HB realiza praticamente todos os atos de cirurgias plástica estéticas e reparadoras, atendendo todos os tipos de pacientes do SUS, convênio e particular dependendo do procedimento.

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Da Reportagem Local
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