Engana-se quem pensa que a nova geração de Catanduva não gosta de rock. Ainda em 2018, o jovem Ian Costa e mais dois colegas começaram a tocar juntos. Foi quando os pais de Ian, Drika Vieira e Carlinhos Rodrigues, através da Cia da Casa Amarela, trouxeram a proposta de fazer um projeto de rock para crianças. No repertório, os ícones do rock mundial: a banda Queen! Surgiu então o show 'Queen para Crianças'.
“Saímos à procura de músicos e cantores e formamos a banda que nós, Drika e Carlinhos, intitulamos Plataforma 9¾, como referência ao universo de Harry Potter. O show estreou em 2019 no Sesc Catanduva, depois fizemos algumas apresentações em outros espaços de Catanduva, cidades da região e nas unidades do Sesc São José dos Campos, Birigui, Osasco, São Paulo e Teatro West Plaza, também na capital paulista”, contam os participantes.
Depois de um ano de projeto houve uma troca de músicos e a banda continuou com Ian, que é vocalista, toca guitarra, violão e ukulele, na liderança.
“Com a nova formação, voltamos com muito sucesso ao Teatro West Plaza, em São Paulo, no entanto, surgiu a pandemia e paramos. Retornamos agora em 2022, com o show ‘Queen para Crianças 2’, reformulando o espetáculo e reestreando no Sesc Catanduva, em abril. Neste próximo final de semana nos apresentaremos no Sesc Mogi das Cruzes, além de estarmos agendando outros locais”, declaram Drika e Carlinhos.
A nova formação conta com Ian Costa, guitarras, violão e vocal; Kéka Faria e Paulinha Pavaneli no vocal; Juninho Theodoroski, na bateria e percussão; Drika Vieira, nos teclados, percussão e vocal; e Carlinhos Rodrigues, no baixo, guitarra e percussão. O roteiro e direção são por conta da Cia da Casa Amarela.
Para Drika e Carlinhos, perpetuar a cultura do rock em Catanduva é fundamental. “Apesar do acesso abrangente que a internet nos oferece, há uma tendência de seguir apenas o que a mídia dita, mas crianças e jovens precisam conhecer todo gênero de música e o rock é universal e poderoso, porque não é apenas um ritmo, é pulsação, é vida, é reflexão e uma energia única que agrega a família”, relatam.
Eles ainda ressaltam que, para essa cultura não cair no esquecimento, é preciso criar uma política cultural abrangente, que não elitize e nem marginalize, assim como promover espaços e oportunidades de troca, aprendizado e exibição dos talentos.
“É preciso cultivar, instigar e fomentar nas escolas e nos bairros, criando condições de mostra dos inúmeros trabalhos que nossos jovens executam. Ao longo de mais de 30 anos, seja no teatro e mais recentemente com a música, temos certeza absoluta que as pessoas gostam, apreciam, desejam e compartilham arte. Só é necessário criar oportunidades, espaços e projetos condizentes com essa sede de cultura”, finalizam.
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