Ivan Canela fala sobre preparação do Santo para a Série A3
Depois de surpreender na campanha deste ano, equipe inicia treinamentos nesta segunda-feira, de olho na próxima temporada
Foto 1: @britophotographer - Canela: ‘Se não for um começo tão avassalador como foi o deste ano, mas terminar avassalador’
Por Guilherme Gandini | 10 de novembro, 2024

O técnico do Catanduva Futebol Clube, Ivan Canela, mais do que ser o treinador da equipe à beira do campo e nos treinamentos, trabalha diretamente na montagem do elenco, fazendo a gestão de quem chega e quem sai. Em entrevista à Vox FM, ele falou sobre a preparação para o Campeonato Paulista da Série A3 de 2025, que começa em janeiro.

Canela, em qual estágio está a montagem do elenco do Catanduva Futebol Clube?

Ivan Canela: Desde que terminou a Série A3, nós estamos olhando, estamos captando, por não ter feito a Copa Paulista, prejudica um pouco, foi um campeonato logo em seguida, depois da Série A3. A gente teve tempo para poder contratar, mas ao mesmo tempo que teve tempo para contratar, as outras equipes já estavam disputando a Copa Paulista, pegaram o que tinha de bom, então a gente tem que garimpar bem, para que a gente possa trazer jogadores de nível bom. Estamos com 80% das contratações feitas.

Quando começam os treinamentos e qual a expectativa para o Campeonato Paulista?

A gente inicia os trabalhos no dia 11 de novembro, próxima segunda-feira, já visando o campeonato da Série A3. A expectativa é muito boa de montar mais uma equipe competitiva. Conseguimos manter uma base, uns dez jogadores, outros tiveram propostas melhores e seguiram a vida, mas futebol é assim mesmo, né? O nosso trabalho é isso, a gente tem que garimpar e trabalhar e lapidar os jogadores da forma que a gente quer. Então, é difícil pegar pronto numa divisão como a Série A3, a gente tem que fabricar da nossa forma.

Baseado nesse estágio aí que o time tá, né, ainda montando, procurando peças, enfim, preparando aí o início dos treinamentos físicos e técnicos, né, pra você botar a moçada pra correr, pra montar um time de fato, né? Qual é a expectativa?

Neste ano de 2024, o Catanduva foi além das expectativas iniciais da maioria dos torcedores. O time veio da Bezinha e aí muda completamente o sistema de disputa para a Série A3. Foi um time muito sólido na defesa, que fazia poucos gols, mas que garantia os resultados...

É verdade, esse ano surpreendeu a muitos, mas a gente sabia que tinha uma base muito boa, mantivemos o time que iniciou, se parar para analisar, a base que jogou a Bezinha no ano passado, e iniciou muito bem a competição. Uma equipe que já tinha entrosamento, aqueles jogadores que chegaram também entenderam rápido o nosso conceito de jogo, e eu já vinha trabalhando na Série A3, em anos anteriores, antes de chegar no Catanduva, eu já tinha feito algumas Séries A3, a gente já sabe como é o caminho das pedras, e tinha ciência de que tinha um elenco bom e poderia surpreender, e até chegamos muito próximo do acesso, por uma fatalidade aí, a gente acabou não passando.

Qual a perspectiva que a gente pode ter para 2025? Um time que vai entrar para brigar pelo acesso, um time que vai entrar para disputar e ver até onde consegue chegar?

A gente tem expectativa de repetir, de fazer mais uma temporada boa, para dar alegria para o nosso torcedor, de repente, se não for um começo tão avassalador, como foi desse ano, mas terminar avassalador, né? Acho que futebol não é como começa e sim como termina. Então, começar bem, né? Mas conseguir chegar na reta final. Não digo que aconteceu isso esse ano, eu acho que nós fomos numa crescente do campeonato todo. Saímos no último jogo do mata-mata, em que criamos um monte de participação de gol, é um jogo que não sai da minha cabeça, é um jogo que eu sonho com ele ainda, mas que a gente chegue em condições de terminar bem, né? Então, a expectativa é boa, estamos deixando umas 4 ou 5 vagas para contratar durante a competição, que eu acho que é importante e vamos tentar mais uma vez surpreender para não ser só o início avassalador e sem terminar bem. Acho que é o mais importante.

Autor

Guilherme Gandini
Editor-chefe de O Regional.

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