Hospital realiza procedimento em mulher com síndrome pouco conhecida e transmite ao vivo
May-Thurner tem sido cada vez mais frequente, sobretudo em mulheres de 20 a 50 anos
Foto: DIVULGAÇÃO - Procedimento feito no Austa despertou interesse de médicos de vários países
Por Da Reportagem Local | 25 de junho, 2022
A equipe multidisciplinar do Austa Hospital, de Rio Preto, realizou na quinta-feira, 23, um procedimento minimamente invasivo que foi transmitido ao vivo no maior congresso de cirurgia endovascular da América Latina, o CICE. A intervenção foi em uma mulher que tem a Síndrome de May-Thurner, como é chamada a compressão da veia ilíaca esquerda, que resulta em varizes, mas com o risco de causar um problema ainda mais grave, a trombose venosa profunda.
A Síndrome de May-Thurner tem sido cada vez mais frequente, sobretudo em mulheres de 20 a 50 anos. Estudos médicos apontam que elas respondem por 72% dos casos.
O procedimento desperta o interesse de médicos de vários países porque substitui a cirurgia convencional, que exigia a abertura da barriga para operar. Já nesta técnica mais avançada, o cirurgião Augusto da Silva, do Austa Hospital, fez uma punção de poucos milímetros na veia femoral, na virilha, por onde introduziu um cateter que transporta um stent, como é chamado o pequeno tubo que foi colocado dentro da veia, eliminando a compressão.
O cirurgião alerta para os sintomas caraterísticos da Síndrome de May-Thurner: “A compressão causa lesões no endotélio, o revestimento interno da veia, causando estreitamento e levando à formação de trombos e ao surgimento de varizes pélvicas, devido ao acúmulo de sangue nesta área. Esta condição compromete a circulação da perna, agravando o quadro de varizes, inchaço e, em casos mais avançados, culminando na trombose venosa profunda.”
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