HCM faz cirurgia de cranioestenose para malformação rara em bebê
A incidência da cranioestenose é estimada de 1 a cada 2.500 nascidos vivos e somente 8% apresentam sintomas
Foto: Divulgação - HCM é um dos únicos hospitais do Noroeste Paulista a realizar o procedimento
Por Da Reportagem Local | 03 de novembro, 2024

Teve alta do Hospital da Criança e Maternidade (HCM), de São José do Rio Preto, o pequeno Benício, de 9 meses, após realizar com sucesso uma cirurgia de correção de cranioestenose. A cranioestenose é uma condição rara caracterizada pelo fechamento prematuro das suturas cranianas (junções entre os ossos do crânio) que impede o crescimento adequado do cérebro e provoca deformidades no crânio. O procedimento aconteceu no dia 28 de outubro.

Linoel Curado Valsechi, neurocirurgião do HCM, explica a condição. “As suturas permitem a expansão do crânio conforme o cérebro cresce. Quando uma dessas junções se fecha prematuramente, o crânio para de crescer naquela direção, e o cérebro busca espaço em outras áreas, o que pode resultar em uma deformidade óssea. A condição pode causar atrasos no desenvolvimento motor e cognitivo, além de problemas na visão e no comportamento”, afirma.

O procedimento consiste em osteotomias feitas no crânio para liberar espaço para o adequado desenvolvimento cerebral, podendo também ser realizado de forma minimamente invasiva com auxílio de endoscopia, o que reduz o risco de sangramento e deixa cicatrizes menores. A técnica permite a visualização interna por meio de câmera inserida sob a pele, por pequenas incisões. Em alguns casos, são usados dispositivos como molas e distratores.

No HCM, um dos únicos hospitais do Noroeste Paulista a realizar o procedimento, a equipe utiliza exames de tomografia com reconstrução em 3D para confirmar o diagnóstico e planejamento cirúrgico. O uso da impressão 3D permite o desenvolvimento de modelos anatômicos para planejamento cirúrgico, aumentando a precisão e a segurança dos procedimentos. Com isso, o hospital continua a se destacar na área de cirurgias pediátricas de alta complexidade.

Após a cirurgia, Benício seguirá acompanhamento para cuidados com as feridas operatórias por cerca de 15 dias, podendo, em seguida, retomar atividades normais, como brincar no chão, por exemplo.

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Da Reportagem Local
Redação de O Regional

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