A Prefeitura de Catiguá divulgou comunicado nas redes sociais orientando os condutores a evitar a vicinal Vicente Sanches, devido ao atraso nas obras de recuperação que serão feitas em parceria com a Usina São Domingos. Os serviços ainda não foram iniciados, segundo a Prefeitura, devido à falta do produto CAP 30/45, fornecido pela Petrobras, em todas as usinas de asfalto da região.

A via que interliga Catanduva e Catiguá possui trechos que estão muito esburacados. Segundo a Prefeitura, na parceria, a empresa cederia matéria-prima e maquinário, ao passo que a mão-de-obra ficaria por conta do poder público. A intenção era iniciar os trabalhos na semana passada.

O Cimento Asfáltico de Petróleo (CAP) 30/45, que não foi encontrado pela usina, é empregado especificamente em serviços de pavimentação, com o emprego de massas asfálticas usinadas e aplicadas à quente. O produto é obtido pela destilação do petróleo e apresenta qualidades e consistência próprias para o uso na construção e manutenção de pavimentos asfálticos.

Consultada pela reportagem do Jornal O Regional, a Gerência de Imprensa da Petrobras confirmou o desabastecimento do produto na Refinaria de Paulínia (REPLAN) e esclareceu que a produção do CAP 30/45 é realizada em campanhas específicas.

“No mês de fevereiro, a produção realizada não atendeu a especificação requerida pela Agência Nacional de Petróleo (ANP), impedindo a sua comercialização. Como alternativa, a Petrobras ofertou os polos de Betim (Refinaria Gabriel Passos - REGAP) e Duque de Caxias (Refinaria de Duque de Caxias - REDUC), que possuem estoque de produto suficiente para atendimento integral dos pedidos das distribuidoras referente ao CAP 30/45 na REPLAN”, informou.

Segundo a estatal, a próxima campanha de produção do CAP 30/45 na REPLAN está prevista para acontecer ainda no mês de março/22. “A Petrobras reafirma o seu esforço no atendimento integral do compromisso firmado com as distribuidoras de asfaltos”, frisou a empresa.

A Prefeitura de Catanduva, principal cidade da região, também foi consultada sobre o tema e se a falta do cimento afetou ou poderá afetar alguma de suas obras. A Assessoria de Comunicação Social informou que o produto não é utilizado no tapa-buracos, mas reconheceu que o serviço foi interrompido por entraves burocráticos.

“A Secretaria de Obras e Serviços explica que, em Catanduva, o material utilizado para o tapa-buracos é a emulsão asfática. O trabalho nas ruas acabou sendo comprometido por entraves no processo licitatório. A previsão é de que o serviço seja retomado na próxima semana. Com relação ao recape, o trabalho terá sequência assim que  questões administrativas forem resolvidas”.