Foi aberta oficialmente nesta segunda-feira, dia 11, na Estação Cultura Deca Ruette, a exposição “Catanduva e Padre Albino: a cidade e seu benfeitor”. Ela integra a ação “50 anos sem Padre Albino - Ele vive através de suas obras”, encabeçada pela Fundação Padre Albino (FPA), com apoio da Secretaria Municipal de Cultura.

A fita inaugural foi descerrada pelo presidente do Conselho de Administração da Fundação Padre Albino, José Carlos Rodrigues Amarante, e pela secretária municipal de Cultura, Luzia Girade. Depois o público foi conduzido pelo assessor de imprensa da FPA, Mauro Assi, por todos os setores que compõem a mostra sobre a vida e a obra do religioso.

“A exposição faz parte de um evento que já vem há 32 anos, que é a comemoração da Semana Monsenhor Albino, cujo objetivo é justamente não deixar morrer essa figura icônica, não só da Fundação Padre Albino, mas de Catanduva. Lembrando que Padre Albino chegou aqui em 1918, 14 dias apenas após a emancipação político-administrativa de Catanduva. Ele foi o responsável pelas obras que existem hoje em Catanduva, diretamente ou participando dessas obras”, falou Amarante.

Conforme os registros, Padre Albino chegou a Catanduva em 1918, já começou a trabalhar e não parou até sua morte, em 1973. Ele foi responsável pela criação de entidades e obras assistenciais, educacionais, de saúde e religiosas, contribuindo decisivamente para o desenvolvimento de Catanduva. Entre elas, a Fundação Padre Albino, que é responsável pelo seu legado.

A exposição, através de telas, objetos e imagens, que representam parte do acervo do Centro Cultural e Histórico Padre Albino, conta um pouco da trajetória do benfeitor, que se confunde com a história de Catanduva. A visitação poderá ser feita até o dia 29 deste mês, das 8 às 18 horas, de segunda a sexta-feira, e aos sábados, das 9 às 12 horas. A entrada é gratuita.

INTERVENÇÃO

O ator e produtor Carlinhos Rodrigues, da Cia da Casa Amarela, apareceu de surpresa caracterizado como Padre Albino durante a cerimônia de abertura da exposição. Com bengala, óculos e batina preta, ele interpreta o religioso na peça “Padre Albino: legado para uma cidade”. Sua intervenção chamou a atenção do público com dizeres de impacto.

“Quando eu cheguei aqui, Catanduva era pequenininha. Fui mal recebido na cidade, mas em pouco tempo, acreditando nessa cidade, no poder desse povo de Catanduva, nós fizemos a Igreja Matriz e a Faculdade de Medicina, logo depois de ter feito a Santa Casa, hoje Hospital Padre Albino, que leva o meu nome – mas eu não gosto de homenagens não”, falou, diante de uma foto de Padre Albino.

Ressaltou que a homenagem feita na exposição é direcionada aos colaboradores da Fundação Padre Albino e à população. “O que importa é a vida, a saúde, a educação, a justiça social. É por isso que trabalhamos tanto. É a história de Catanduva, é a realidade. Nós construímos juntos e precisamos continuar nesse ideal de construir e reconstruir quantas vezes necessário, porque esse povo merece.”

OUTROS EVENTOS

Em parceria com a Secretaria Municipal de Educação, a Fundação Padre Albino ministrou palestras sobre a vida e obra de Padre Albino nas escolas de Ensino Fundamental 2, lançando o concurso de redação “Catanduva e Padre Albino: a cidade e seu benfeitor”, com premiação. Concurso semelhante será realizado envolvendo catequistas e catequizandos da Diocese de Catanduva.

No encerramento, no dia 30, na Praça Monsenhor Albino, após a missa das 19 horas, em parceria com a Secretaria de Cultura do município, serão divulgados e premiados os vencedores do concurso de redação e apresentada a peça “Padre Albino: legado para uma cidade”, pela Cia da Casa Amarela.

A entrada é gratuita e quem quiser pode levar 1 kg de alimento não perecível, que será dividido entre o Recanto Monsenhor Albino e o Fundo Social de Solidariedade do município.

A XXXII Semana Monsenhor Albino será realizada de 17 a 23 deste mês, sendo que no dia 19, às 19h30, a missa na Matriz de São Domingos marca os 50 anos do falecimento.

No dia 22, às 20 horas, no Campus São Francisco da Unifipa, haverá entrega dos troféus Fundação Padre Albino e Monsenhor Albino. A programação da Semana se encerra no dia 23, a partir das 9 horas, na Praça Monsenhor Albino, com a campanha “O rádio abraça o HCC”, promovida pelas emissoras de rádio de Catanduva para obter doações ao Hospital de Câncer de Catanduva.