O Outubro Rosa é o mês para reforçar o alerta para a importância da detecção precoce para o câncer de mama. “O diagnóstico no início da doença é fundamental para alcançar bons resultados no tratamento. Cerca de quatro em cada cinco casos ocorrem após os 50 anos de idade e, por isso, é importante exames regulares nessa fase da vida”, orienta o médico Ramon Andrade de Mello, do corpo clínico do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo.
O Ministério da Saúde recomenda que a mamografia de rastreamento seja ofertada para as mulheres entre 50 e 69 anos de idade, a cada dois anos. A orientação é para pacientes que não apresentam sinais nem sintomas suspeitos. “Em aproximadamente 90% dos casos, a própria mulher nota a presença de nódulos no seio, que é a principal manifestação do tumor. Nessas situações, é indispensável procurar um especialista para um diagnóstico mais preciso. Nem sempre um nódulo representa a presença de um tumor”, esclarece o oncologista.
“É muito importante cuidar da saúde para reduzir os fatores de risco como obesidade e sobrepeso, sedentarismo e consumo de bebida alcoólica”, afirma Ramon Andrade de Mello. Segundo o pesquisador, os fatores hereditários também devem ser levados em consideração: “Nesses casos, os testes genéticos podem indicar se a mulher tem predisposição para um diagnóstico futuro de câncer de mama. O exame vai permitir adotar medidas preventivas para evitar a doença e até mesmo para um diagnóstico precoce”.
O oncologista ressalta que novas abordagens, com melhores respostas, têm sido aplicadas para o tratamento do câncer de mama. “Os tradicionais tratamentos com cirurgia, radioterapia e quimioterapia podem estar aliados ou até substituídos pela hormonioterapia e a terapia alvo. Os resultados têm sido bastante positivos”.
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