O ginásio do Conjunto Esportivo Anuar Pachá, no Parque Iracema, ficou lotado na Sexta-feira Santa para a retomada da Via Sacra. O evento atraiu famílias inteiras em sua primeira edição depois de 13 anos. Foram retratadas em 15 estações os momentos finais de Jesus na Terra, desde sua condenação até a ressurreição. A iniciativa uniu Prefeitura e Diocese de Catanduva.
A encenação foi totalmente remodelada e teve participação de jovens integrantes. Mais de 100 atores amadores e figurantes integraram o elenco, que ainda ganhou cenário renovado, sonorização profissional, efeitos especiais e iluminação para contagiar o público.
A intenção dos organizadores foi fazer as pessoas reviverem com veracidade o sofrimento de Jesus Cristo. A Via Sacra em Catanduva foi realizada pela primeira vez por Jeanete Monteleone, em 1963, tornando-se uma tradição que se perpetuou até 2010, último ano de apresentação, sob a tutela de Patrícia Monteleone.
Marco Antonio Alonso, que interpretou Jesus Cristo, confidenciou que não sente nenhum tipo de dor ou cansaço, apesar do esforço físico. “A sensação não tem uma explicação lógica. No momento da encenação, eu não sinto nada, nenhum tipo de dor, nada. Parece que desce um anjo e ajuda a gente do começo ao fim do espetáculo. É uma paz de espírito muito grande.”
A experiência que ele carrega, poucos têm. São 22 anos atuando como Jesus Cristo, além de mais dois anos como soldado. “Na rua, o povo de Catanduva que já viu a Sacra continua me chamando de Jesus. Mesmo no fim da apresentação, todo mundo quer tirar foto, é bem gratificante”, diz ele, que trabalhou muitos anos na cidade e hoje tem uma oficina de motos em Marapoama.
“Graças a Deus, foi gloriosa a volta da Via Sacra em Catanduva Compartilho o sucesso da encenação com dezenas de pessoas que nos ajudaram na organização e divulgação da Paixão de Cristo. Resgatamos uma tradição na cidade, que irá perpetuar nos próximos anos”, celebra o secretário de Administração, Richard Casal, um dos organizadores, que interpretou João.
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