Dor de ouvido no verão: por que esse problema é tão comum?
Foto: Reprodução - Infecção é decorrente da proliferação de bactérias ou fungos agravada pela umidade
Entenda como o calor, a água e a falta de cuidados podem aumentar o risco de infecções no ouvido durante a estação
Por Da Reportagem Local | 21 de fevereiro, 2025

Dor de ouvido é um problema recorrente nos meses de verão. E o motivo é, justamente, o contato frequente e prolongado com a água, nos banhos de mar e de piscina, o que nos torna mais propensos a inflamações ou infecções no aparelho auditivo.

Não é por acaso que a otite externa aguda é também chamada de “otite de nadador”. Esse tipo de infecção, conforme a médica otorrinolaringologia Bruna Assis, é decorrente da proliferação de bactérias ou fungos, ocasionada pelo acúmulo de umidade no ouvido.  

“A otite externa acomete, especificamente, o conduto auditivo. Isto é, o canal que começa na parte externa da orelha e vai até a membrana do tímpano. Ela provoca uma dor muito intensa nesse canal, que é constituído de osso e cartilagem, e tem a função de direcionar e amplificar as ondas sonoras que chegam até o ouvido. Os pacientes, em geral, têm a sensação de que estão com água no ouvido e a percepção de sons abafados”, resume.

Dentre as principais características que diferenciam a otite externa das demais existentes, a especialista destaca a ausência de febre. “Diferentemente da otite média, que também é muito comum e costuma estar associada a quadros de gripe e resfriado, a otite externa não tem essa relação. Uma das principais causas pode ser o contato prolongado com a água. Por isso, é mais comum no verão, quando as pessoas geralmente vão à praia, piscina.”

Esportistas aquáticos, contudo, devem ter atenção ao problema o ano inteiro, alerta a médica. A começar pela secagem adequada dos ouvidos, após a conclusão das atividades na água, e pela manutenção de uma boa higiene auricular. O uso de cotonetes também deve ser evitado. 
 
Os principais cuidados indicados pela médica são: após nadar ou praticar esportes aquáticos, secar os ouvidos com toalha ou secador de cabelo no modo frio e com uma distância segura; evitar o uso de cotonetes ou objetos pontiagudos dentro do ouvido; manter boa higiene auricular, limpando suavemente a parte externa da orelha com um pano macio; em caso de dor, coceira, desconforto ou perda de audição, consulte um médico para avaliação e tratamento.

IMUNIDADE E DIABETES

A especialista faz alerta em relação à baixa imunidade e ao diabetes, que também podem estar associados a quadros de otite. “Embora estejam mais distantes do cotidiano de atletas e esportistas, existe, sim, essa relação e é importante destacar. Quem tem um sistema imunológico comprometido, de certo, vai ter maior chance de desenvolver uma infecção. E, no caso específico da otite externa, o diabetes pode também ser uma das grandes causas predisponentes”, observa.

Autor

Da Reportagem Local
Redação de O Regional

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