Disseminando o teatro lambe-lambe, Varanda Teatro promove série de ações formativas gratuitas  
Projeto ‘De olho nas [Histórias encaixotadas]’ tem início nesta sexta-feira com live sobre curiosidades dessa modalidade
Foto: AURI FOTOGRAFIA - Guilherme Hernandes ministrará live em agosto sobre ‘Histórias Encaixotadas’
Por Da Reportagem Local | 29 de abril, 2022
 

Dedicando-se às formas animadas, em especial às máscaras teatrais e ao teatro lambe-lambe, a Varanda Teatro, de São José do Rio Preto (SP), dá início nesta sexta, dia 29 de abril, ao projeto 'De olho nas [Histórias encaixotadas] Teatro Lambe-lambe', que compreende uma série de atividades online e gratuitas para todas as idades ao longo de sete meses, até o final de novembro de 2022.   

Marcando a abertura, às 20 horas, a artista Fernanda Missiaggia comanda a primeira live da série que revelará o processo de montagem e curiosidades do teatro lambe-lambe, arte que acontece dentro de uma caixa cênica em miniatura e é o foco da programação. A atividade será no Instagram @varandateatro.  

A série de lives 'Trecos, truques e traquitanas' contará ao todo com quatro encontros para mostrar o funcionamento das caixas de teatro lambe-lambe. As outras ações do projeto são a disponibilização no YouTube da Varanda de dois vídeos tutoriais, um de teatro lambe-lambe de sombras com materiais recicláveis e outro de teatro de papel com caixa de sapato, para fazer em casa, a partir de 1º de maio até 30 de novembro; e uma oficina online de teatro lambe-lambe de papel para educadores e pessoas interessadas sem experiência, dias 24 e 26 de maio, com início das inscrições nesta sexta, 29, via formulário online.   

Ministrando as lives, além de Missiagia, estarão os lambe-lambeiros e integrantes da Varanda João Darte (29 de junho) e Guilherme Hernandes (31 de agosto), e a multiartista argentina Gabriela Céspedes (28 de setembro).  

“Nosso foco, com o projeto, é a construção da diversidade artística do teatro de formas animadas, em especial do teatro lambe-lambe, ainda tão pouco explorado no interior do Estado de São Paulo”, afirma Darte, também pesquisador e diretor do grupo, acrescentando que a iniciativa busca ainda fortalecer o reconhecimento da linguagem como arte nacional. “Trata-se de uma linguagem genuinamente brasileira, presente em outros 30 países, onde alcançou grandes feitos”, diz ele, citando o maior festival de teatro lambe-lambe, o Festilambe, realizado em Valparaíso, Chile, e a formação universitária em “Teatro de Títeres y Objetos con especialidad en Teatro Lambe-lambe”, na Universidad del Chaco Austral, Argentina.   

O projeto foi contemplado pelo ProAC Nº 03/2021, categoria Teatro / #CulturaEmCasa – Filmagem e licenciamento sem exclusividade de espetáculos para exibição online, da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo.  

VERSÃO ONLINE 

Outra ação, com data a ser definida, é a disponibilização, de graça, da versão online do espetáculo ''Histórias encaixotadas] Teatro Lambe-lambe' na plataforma #CulturaEmCasa. Composto por quatro histórias interligadas pelo tema 'o homem e a sociedade', o trabalho é inspirado em obras dos seguintes artistas plásticos: o brasileiro Goeldi (1895-1961), o belga René Magritte (1898-1967), o espanhol Pablo Picasso (1881-1973) e a brasileira Tarsila do Amaral (1886-1973).  

TEATRO LAMBE-LAMBE 

Linguagem criada pelas bonequeiras brasileiras Denise di Santos e Ismine Lima em Salvador (BA), em 1989, o teatro lambe-lambe é uma caixa cênica em miniatura onde são encenados espetáculos de teatro de animação de curta duração, geralmente assistidos por uma pessoa por vez.  

Com o auxílio de fones de ouvido e um tocador de mp3, o espectador acompanha a narrativa através de um pequeno buraco e espia um universo em miniatura com iluminação, cenário e manipulação de bonecos, objetos ou sombras, ou seja, um ambiente com todas as sensações que o teatro tradicional proporciona.  

A arte é inspirada pelos fotógrafos lambe-lambe, pois utiliza como sala de espetáculos uma estrutura parecida com o equipamento desses profissionais, também conhecidos como fotógrafos de praça. 

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Da Reportagem Local
Redação de O Regional

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