Dengue responde por 5% dos atendimentos nos postos de saúde
Secretaria de Saúde mantém discurso de que capacidade operacional é superior à demanda registrada neste início de ano
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil - Em números absolutos, foram 15.117 atendimentos globais e 750 referentes à dengue
Por Guilherme Gandini | 23 de janeiro, 2025

Números divulgados pela Secretaria Municipal de Saúde na terça-feira, 21, mostram que a quantidade de atendimentos nos postos dos bairros e na UPA relacionados a casos suspeitos ou confirmados de dengue está abaixo da capacidade da rede pública de saúde de Catanduva.

Conforme o levantamento, do total de atendimentos de 1º a 19 de janeiro de 2025, a doença foi responsável por 4,96% da demanda. Em números absolutos, foram 15.117 atendimentos globais e 750 referentes à dengue. Desse público, mais de 10,7 mil passaram por consulta médica.

A capacidade operacional implantada na rede pública, para médicos e equipes de enfermagem, é superior a 2.100 atendimentos diários. Conforme o histórico, o ápice foi registrado no dia 6 de janeiro, com 1.693 atendimentos nas unidades de saúde, incluindo os casos de dengue.

Já na UPA - Unidade de Pronto Atendimento, o pior indicador foi registrado justamente no último dia do levantamento, 19 de janeiro. Na data, dos 292 atendimentos, 64 foram referentes à dengue, equivalente a 22% do total. Um dia antes, o índice chegou a 18%, o mais alto até então.

Na análise por bairro, o Jardim Soto teve o maior volume de atendimentos de pacientes com sintomas de dengue entre os dias pesquisados. Foram 57 ao todo. Na sequência aparecem o Theodoro Rosa Filho, com 50, a Vila Santo Antônio, com 48, e o Gavioli, com 45 casos.

Apesar disso, quando considerada a taxa de incidência de dengue, ou seja, total de atendimentos com relação à população cadastrada na unidade de saúde, é o Theodoro que lidera o ranking, com 1.622 por 100 mil habitantes. Depois aparecem Flamingo (1.572) e Gavioli (1.446).

Por fim, a Secretaria de Saúde também divulgou a taxa de incidência de dengue por distrito da cidade. O maior indicador foi no chamado Distrito 4, com 988 por 100 mil habitantes, compreendendo os bairros Centro, Theodoro, Santo Antonio, Gavioli e Jardim Del Rey.

Apesar disso, quando considerados apenas os casos confirmados de dengue por área de residência, o Distrito 3 assume a ponta com coeficiente 4.135. Nessa área estão os bairros Glória, Lunardelli, Nosso Teto, Sales e Vertoni. O Distrito 4, na sequência, aparece com 2.926.

A Saúde frisa que a quantidade de atendimentos, indicada no levantamento, difere do número de casos de dengue, já que uma única pessoa pode passar por diversos atendimentos na rede pública – pode passar mais de uma vez pela unidade de saúde e até pela UPA, se precisar.

BOLETIM

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, até agora, em janeiro, foram confirmados 72 casos de dengue em Catanduva, porém, ainda há 570 exames aguardando resultado, o que poderá levar a uma explosão de positivados. No ano passado, a cidade teve mais de 7 mil casos.

Autor

Guilherme Gandini
Editor-chefe de O Regional.

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