Cuidados com o coração devem ser redobrados no frio, alerta cardiologista
Pessoas com doenças crônicas, com predisposição a problemas cardíacos e mais de 65 anos formam o grupo de maior risco
Foto: DIVULGAÇÃO - Médico Darcio Gitti de Faria, do IMC, diz que frio intenso provoca a diminuição do diâmetro dos vasos sanguíneos
Por Da Reportagem Local | 20 de maio, 2022
 
 

O inverno e as baixas temperaturas impõem grandes riscos ao coração e ao sistema cardiovascular. O frio pode aumentar em 30% os riscos de infarto e de acidente vascular cerebral (AVC), segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia. 

A Associação Americana do Coração (American Heart Association) apresenta outras estatísticas que reforçam a importância do cuidado com o coração. Durante o inverno, a incidência de problemas cardíacos aumenta em 25%. Quando a temperatura alcança médias diárias abaixo de 14°C, os casos de morte por infarto do miocárdio sobem para até 30% e, a cada 10°C, a menos na temperatura, o risco de infarto cresce em 7%. 

Pessoas com doenças crônicas, com predisposição a problemas cardíacos e mais de 65 anos formam o grupo de maior risco.  

“O frio intenso provoca a vasoconstrição, ou seja, a diminuição do diâmetro dos vasos sanguíneos. um mecanismo normal que o corpo humano aciona para se aquecer. Essa redução do diâmetro pode contribuir para o rompimento das placas e provocar o entupimento das artérias. Já a infecção inflama o corpo e gera um esforço ao coração”, explica o cardiologista e hemodinamicista Darcio Gitti de Faria, do Instituto de Moléstias Cardiovasculares - IMC, de São José do Rio Preto. 

Quando esse processo provoca obstrução das artérias carótidas, que levam o sangue ao cérebro, pode-se também gerar um acidente vascular cerebral (AVC). 

O frio também ativa os receptores nervosos da pele, desencadeando uma maior liberação de adrenalina, hormônio que contrai os vasos sanguíneos, aumenta a frequência cardíaca e, consequentemente, aumento do consumo de oxigênio pelo músculo do coração.  

Entre os sintomas mais comuns do infarto estão: dor no peito, falta de ar, náuseas, dor no braço esquerdo, dor nas costas, no pescoço ou no estômago, que também podem ser iniciadas após esforço ou situações de estresse e, até mesmo, em repouso.  

“A dor pode ser em aperto, opressão, queimação ou de difícil caracterização. O fato é que qualquer sintoma deve ser investigado”, explica o médico. 

CUIDADO E PREVENÇÃO 

Este ambiente hostil ao coração e sistema cardiovascular é mais um motivo para que as pessoas façam o checkup cardiológico, quando o médico irá avaliar a sua saúde. No IMC, o checkup envolve não só o cardiologista, mas também equipe multidisciplinar completa, que realiza uma série de exames diagnósticos e físicos, como o teste ergométrico de esforço, por exemplo. 

A prevenção, não importa a idade, envolve também a adoção de hábitos saudáveis como praticar exercícios físicos regularmente, evitar excesso de sal na alimentação, combater a obesidade e ter atividade de lazer, entre outros, orienta o cardiologista. 

Caso a pessoa sinta mal súbito no coração, como arritmia ou princípio de infarto, é fundamental que procure ou seja levado, de preferência, a uma emergência cardiológica, que possui equipe multiprofissional especializada para diagnosticar um quadro cardiovascular grave com o máximo de agilidade e prosseguir com o atendimento adequado para cada caso específico. 

Autor

Da Reportagem Local
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