Coletivo busca fortalecer cultura do hip hop em Catanduva com ações sociais
‘Onde o Rap Tá’ surgiu da união de três amigos e tem como objetivo fazer a descentralização desse estilo de vida na cidade
Crédito: Camila Mendonça - Evento realizado pelo coletivo contou com apresentação de rappers, DJs e grafiteiros no local
Por Stella Vicente | 13 de agosto, 2023

O coletivo de hip hop intitulado “Onde o Rap Tá” vem buscando fortalecer a cultura deste estilo de vida em Catanduva. Para isso, os amigos Ronaldo Martins Gomes, rapper conhecido como Aliado F; Lukas Fogli, rapper e produtor cultural, conhecido como Lukão; e Eduardo Pereira Silva, grafiteiro e produtor cultural conhecido como Edtwo, uniram-se e vêm promovendo ações pela cidade. O objetivo principal é a descentralização da cultura do hip hop.

O movimento nasceu há 50 anos em um bairro periférico e reúne desde manifestações musicais, artísticas até de dança. Segundo Ronaldo, o Aliado F, o hip hop se baseia em quatro elementos: o break, que é a dança; o MC, com rapper e mestre de cerimônia; o grafite, que é a arte dos desenhos; e o DJ, o qual ele chama de alma e essência do movimento.

“A nossa ideia do hip hop vai além da arte, da cultura, do entretenimento. A gente usa também os elementos do hip hop como uma armadilha do bem, que é para chegar na ‘molecada’ antes das más companhias. Essa é a nossa ideia, de além da cultura, da arte e do entretenimento, também passar essa mensagem, através dessas ações, não só formar as B-Boys, DJs, cantores de rap e grafiteiros, mas também bons cidadãos”, aponta.

Ele ainda diz que já realizou várias ações na cidade, mas faz alguns anos que estava parado. Este ano, ele, o Ed e Lukão se uniram, fundaram o coletivo e estão recomeçando. Juntos, realizaram o 1º Encontro de Hip Hop, onde a recepção do público, de acordo com o organizador, foi maravilhosa.

“Levamos a verdadeira escola do hip hop e fizemos o evento sem fins lucrativos, com arrecadação de alimento, não foi vendida bebida alcoólica e a venda de refrigerante, doces, pastel e de lanche foi feita por pessoas de ONGs da cidade que ajudam os animais em situações de maus-tratos e abandonados. A entrada com um quilo de alimento foi opcional e quem esteve responsável para receber esse alimento e depois destinar às famílias que se encontram em momentos difíceis foi a Arcos. E nós conseguimos arrecadar pouco mais de 200 quilos de alimento. O pessoal recepcionou super bem, todo mundo perguntando quando vai ser o próximo, porque neste evento foi a coisa mais linda, você via pessoal com as crianças, com carrinho de bebê passeando lá dentro. Foi maravilhoso”, conta.

Autor

Stella Vicente
É repórter de O Regional.

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