Depois de encantar o público na abertura do Festival Internacional de Teatro de São José do Rio Preto – FIT Rio Preto, em julho, com o espetáculo “Fênix – onde nascem os sonhos”, a premiada Clarin Cia de Dança retorna à cidade neste sábado, dia 5 de outubro, para uma apresentação no Sesc Rio Preto. Desta vez, a companhia apresenta o espetáculo “Da cor de cobre”, releitura poética do Auto do Bumba Meu Boi. A apresentação acontece às 20 horas, no teatro, com ingressos a R$ 15 (credencial plena), R$ 25 (meia) e R$ 50 (inteira).

Com direção geral e criação de Kelson Barros, maranhense radicado em São Paulo desde 2003, a obra mergulha em narrativas encantadas e personagens do folguedo, como Catirina, grávida que nutre o desejo de comer a língua do boi mais bonito da fazenda, e Pai Francisco, seu marido, que tenta satisfazer sua vontade. O elenco conta com os intérpretes-criadores Alex Araújo, Carol Monteiro, Fernando Ramos, Gabriela Bacaycoa, Kelson Barros, Loke Wolf, Neném d’Souza, Renata Damasco, Thalys Felipe e Vivian Maria.

Estreada em 2022, a montagem foi indicada ao Prêmio APCA de melhor figurino. Em cena, o auto do Bumba meu boi é visto de um lugar mágico, através de uma brecha entre o mundo real e o encantado, no qual os personagens podem transitar.

Prestando homenagem aos grupos da cultura tradicional brasileira que seguem resistindo, a proposta é ressignificar essa manifestação popular que se dá na rua ao lançar mão de elementos técnicos do teatro para recriar os ambientes mágicos de suas narrativas. O nome “Da cor de cobre” é uma alusão a um dos personagens do Bumba meu boi, o Caboclo de Penas, um ser místico, que despeja encantamentos e saberes por onde passa, dançando e curando.

Sob o olhar dos brincantes do Maranhão, onde a celebração do Bumba meu boi ganhou o título de Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade, a expressão “da cor de cobre” ganha ainda diversos outros significados. O entardecer, que dá início à festa; a terra – avermelhada, que levanta a poeira com os passos feitos pelos bailantes; a fogueira, essencial para afinar os couros dos pandeirões, cadenciando o passo e o brincar.

A CLARIN

Criada pelo artista Kelson Barros, a Clarin Cia de Dança desenvolve sua pesquisa em torno da dança popular contemporânea desde 2013. A companhia aglutina artistas de origens e vivências diversas, desde a capoeira, breaking, ballet, passinho phoda, funk às danças brasileiras, todas ao redor da ideia da experimentação em dança e cultura popular.