Através da lei de incentivo Aldir Blanc, neste sábado, às 11 horas, será inaugurada a exposição permanente “A salvaguarda de um legado: o espólio de Édie José Frey” no Centro de Convenções Édie José Frey em Catanduva, onde estarão disponíveis arquivos fotográficos, cartas, livros publicados, objetos, peças de coleção, entre outros vestígios capazes de manifestar importantes passagens da nossa história.

Músico, advogado, político, professor, diretor de escola e inspetor escolar, Édie José Frey nasceu em Catanduva, no dia 28 de junho de 1925, e apresentou à cidade enorme contributo no âmbito da cultura, da educação e da arte.

Filho do comerciante e ex-vereador José Augusto Norberto Frey e de Escolástica Pantaleão, Édie foi membro fundador da Apae e da Fafica – hoje Instituto Municipal de Ensino Superior. Trabalhou como ator amador no Teatro do Sesc e atuou por várias décadas como músico no “Quarteto de Cordas”.

Foi regente do Coral Santa Cecília e professor de violino no conservatório do Centro de Ensino Artístico de Catanduva. Participou de apresentações com a Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto e Camerata de São José do Rio Preto.

Em 1996, recebeu troféu “Honra Comunitária” do Grupo de Poesia Guilherme de Almeida, do qual fez parte. Em 2003, recebeu da Câmara de Catanduva a “Medalha 14 de abril”.

Publicou livros de sua autoria, sendo um dedicado à sua escrita poética, resultando na obra “Simplicidade” (2007) e, ainda, outro livro centralizado na sua biografia, narrando vivências turbulentas de um recorte histórico não tão distante sobre o tempo em que foi eleito vereador, sendo cassado e perseguido durante o Golpe Militar de 1964. Tal obra, “Tempos de Ditadura – Memórias” (2011), foi organizada pelo jornalista Felipe Brida e enriquecida com depoimentos de personalidades políticas, intelectuais e educadores.

Édie Frey, homem respeitadíssimo que deixou suas marcas na vida cultural, artística, musical e política de Catanduva, faz jus à homenagem que narra a sua trajetória, mas também a própria história de Catanduva. O projeto de exposição foi organizado por Tales Frey, neto de Édie que atua como artista e investigador na Universidade do Minho em Portugal, e por Paolo Dias - genro de Édie e historiador.