As escritoras catanduvenses Jacque Bellio e Hemilli Scarpinatte foram selecionadas para serem embaixadoras do Literária+, um clube de livros por assinatura, que também é exclusivo para mulheres. Com obras e mimos, os box mensais da marca são enviados para leitores de todo o Brasil.
A fundadora do programa, Francy Lima, é autora de três romances, diversos contos, poemas, crônicas e um livro motivacional voltado ao público feminino. A ideia do projeto é atuar também como produtora, realizando o sonho de autores e autoras independentes de terem seus livros publicados.
Foi o que aconteceu com Hemilly, como conta sua amiga Jacque. “Minha amiga Hemilli publicou um livro com o Literária+ e me contou sobre o que a fundadora estava pensando em fazer. Como sou formada em Marketing, a Hemilli sugeriu que fosse atrás e me candidatei para formar parceria com a fundadora. Então eu fui atrás”, relata.
O processo foi dividido em etapas. Na primeira era preciso preencher um formulário, especificando a área de interesse, estando disponível desde a comercial até setores relacionados à imprensa. Como selecionou a comercial, Jacque precisou resolver um problema de vendas como parte do teste.
“Depois disso, no máximo três dias depois ela me adicionou no grupo de embaixadoras e me explicou certinho como funciona. Por ser uma marca nova não temos salários. Mas a partir do momento que ganhar espaço no mercado teremos”, explica.
Agora, como embaixadoras, ambas têm um cronograma a ser seguido. Na semana do Dia Internacional da Mulher estão todas com foco em evento que acontece no sábado, 11. Em seguida, já em maio, é quando o Literária+ entra no mercado com caixas de livros mensalmente para assinantes. Além disso, também preparam ações para que escritoras brasileiras tenham suas obras incluídas nessas caixas.
Para Jacque esta é uma grande oportunidade profissional, visto que no futuro quer publicar livros e, estando já inserida no meio literário, acredita que o processo será um pouco menos complicado. “Agora como graduada em Marketing também é ótimo pois abre espaço para o mercado. Eu precisava disso tanto do meu lado profissional como no social. É bom ser reconhecida por algo que você gosta de fazer”, aponta.
Sua história com a leitura vem desde pequena, quando seus pais compravam gibis para que ela lesse e se divertisse. Na adolescência, partiu para os livros, o que acabou a incentivando também a escrever.
“A leitura sempre esteve presente em minha vida. Ela entrou mais na minha vida quando eu sofria bullying na escola. Foi minha válvula de salvação. E daí também comecei a escrever. Tenho alguns livros no Wattpad esperando recursos para ganhar forma física. Posso dizer que a leitura salva as pessoas. Além de fazer a mente se desligar faz com que a escrita e os pensamentos fiquem mais organizados. E eu agradeço meus pais por sempre incentivarem a leitura”, destaca a profissional.
Ela acredita que iniciativas como o programa Literária+ podem incentivar toda uma nova geração a ler e escrever. Por isso, ela espera servir de exemplo para outras mulheres que, assim como ela, têm seus livros no papel há muito tempo e estão precisando de oportunidade para divulgá-los ao público.
“Vivemos num país onde a leitura não é incentivada, onde as escritoras têm medo de se revelar. Quero ajudá-las sair do casulo e ajudar nova e velha geração a verem que existe um mundo divertido fora das telas do celular. Eu espero que como embaixadora eu consiga isso”, projeta.
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