10ª edição terá como destaques Zélia Duncan, Terreno Baldio, os violeiros Ricardo Vignini e Zé Helder e bandas locais e regionais
O dia 13 de julho é reconhecido no Brasil como o Dia Mundial do Rock. Apesar de ser chamada assim, a data só é comemorada realmente por aqui. Para contextualizar essa escolha, ela é uma homenagem ao Live Aid, evento musical que reuniu milhares de pessoas, na mesma data, em 1985, e arrecadava fundos para acabar com a fome na Etiópia.
Ocorreu simultâneo em Londres, Inglaterra, e na Filadélfia, EUA. O evento chamou a atenção por contar com a presença de muitos artistas de peso, entre eles The Who, Led Zeppelin, Dire Straits, Madonna, Queen, Joan Baez, David Bowie, BB King, Mick Jagger, Sting, Scorpions, U2, Paul McCartney, Phil Collins (que tocou nos dois lugares), Eric Clapton e Black Sabbath. Aliás, foi Phil Collins que declarou na ocasião o desejo de uma data mundial para comemorar o rock e no Brasil, a gente agradeceu a ideia e passou a comemorá-la desde 1990.
Há quem defenda outra data importante – o dia 5 de julho, que faz referência à data em que Elvis gravou That‘s All Right, que coincidentemente também é o dia em que os Beatles se apresentaram pela primeira vez nos EUA.
Certo ou errado, 5 ou 13, o importante é celebrar a invenção desta mistura de ritmos dançantes que conquistou negros e brancos nos anos 50. Um som que promoveu um movimento social dos mais radicais: arrombou portas, quebrou barreiras e renasce continuamente nas garagens do mundo todo. O rock pode ser entendido como um fenômeno multicultural, de um desejo transformador de costumes e comportamentos, que eclodiu em forma de música, mas também se manifesta em transformações tecnológicas, sociais e econômicas.
Não se pode negar que com ele vieram grandes transformações, como na moda, por exemplo, ou na comunicação em geral, na sociedade, nas mídias da época e assim vem sendo até hoje: o rock continua rolando e transformando tudo ao seu redor. Rock é atitude, é sem sombra de dúvida política, e acima de tudo é um estado de espírito, portanto nunca envelhece e passa como uma paixão por gerações.
Revisitando a cronologia do Catandupedras, sua primeira edição não oficial, em 2006, contou com a participação de vários grupos com mais ou menos tempo de estrada. Era um esboço do que seria, mas o projeto caminhou e criou força, e em 2007 – surgiram novas oportunidades para que essas bandas mostrassem seu trabalho – outros repertórios e também composições próprias na programação musical.
Outras edições aconteceram em 2008, 2009, 2010, 2011, 2012, 2015, e em 2020, foi realizada a primeira edição online do Catandupedras, mostrando que o rock em tempos pandêmicos não se esconde e encontra formas alternativas de alcançar seu público. Foi assim em 2020, cada um em sua casa, curtindo os shows pelas plataformas oficiais do Sesc Catanduva.
Agora, em 2022, o Catandupedras chega à sua histórica 10ª edição, ao longo de mais de 15 anos em alto e bom som, e em seus diversos estilos, do alternativo ao punk, do hard ou clássico, do rock rural até o metal pesado. Nessa trajetória, o palco do Sesc Catanduva recebeu artistas incríveis, como Kid Vinil, Mastigando Mutretas, Madastra, Hangar, Motocircus, Inocentes, Dead Fish, Made in Brazil, Midnight Rambles, Last Lover, Ricardo Vigni e Zé Helder, entre outros.
A edição 2022 não será diferente. E para valorizar ainda mais o evento, muitos destaques na programação, como por exemplo Zélia Duncan, que comemora 40 anos de carreira. Nesse show, a festa é o tema de sua apresentação, recheada por músicas de todas as fases de sua carreira, entre composições próprias, canções de seu repertório afetivo e hits colecionados em sua trajetória de sucesso.
Outros nomes de grande relevância compõem a agenda de shows, como a histórica banda Terreno Baldio de rock progressivo, com a presença de seu virtuoso fundador, Mozart Mello ou a dupla de violeiros cantautores Ricardo Vignini e Zé Helder. A programação também convida ao público a refletir sobre a relevância da música no cenário cultural atual.
PROGRAMAÇÃO CATANDUPEDRAS
SESC CATANDUVA - 3 A 24 DE JULHO
Dia 3/7, domingo, das 16h30 às 18h, Quiosque B, Grátis.
Ricardo Vignini e Zé Helder
Moda de Viola Rock Brasil
Dia 7/7, quinta, das 20h às 21h15, Quiosque B, Grátis.
Foto: ROBERTO SANT’ANNA - Histórica, banda Terreno Baldio faz show no palco do Sesc Catanduva no dia 8
Terreno Baldio
Dia 8/7, sexta, das 20h às 21h15, Quiosque B, Grátis.
Jack Tekila. Rock Brazuca.
Dia 10/7, domingo, das 16h30 às 18h, Quiosque B, Grátis.
Dia 15/7, sexta, das 20h às 21h30, Quadra A.
Ingressos à venda a partir do dia 5/7 no portal e de 6/7 no Sesc.
R$ 30,00 inteira / R$ 15,00 meia / R$ 9,00 credencial plena
Dia 17/7, domingo, das 16h30 às 18h, Quiosque B, Grátis.
Foto: DIVULGAÇÃO - Beatles Again tem mais de 25 anos na estrada e faz releituras acústicas no dia 22
Beatles Again
Dia 22/7, sexta, das 20h às 21h15, Quiosque B, Grátis.
Dia 24/7, domingo, das 16h30 às 18h, Quiosque B, Grátis.