A insuficiência cardíaca, também conhecida como IC, é uma das maiores causadoras de morte prematura em todo mundo, por isso é o foco da campanha mundial “Conscientização da Insuficiência Cardíaca 2023”, organizada pelo Global Heart Hub com o objetivo de informar a população sobre os sinais, sintomas e fatores de risco associados a este mal ao coração.
No Brasil, cerca de dois milhões de pessoas já foram diagnosticadas com IC, segundo o “Estatuto do Paciente com Insuficiência Cardíaca e Cuidadores”, organizado pelo Global Heart Hub, com a participação do Instituto Lado a Lado pela Vida na elaboração da versão brasileira. Cerca de 240 mil novos casos são registrados, a cada ano, no país e, entre 2008 e 2018, foram mais de 250 mil mortes causadas pela IC.
“O número de casos vem aumentando no país por conta do envelhecimento populacional e dos fatores de riscos, tais como a obesidade, pressão alta e diabetes, o que pode levar à dificuldade em exercer atividades físicas habituais e à perda da qualidade de vida”, afirma o cardiologista Luciano Miola, diretor técnico do Instituto de Moléstias Cardiovasculares – IMC, de Rio Preto, um dos principais centros de referência em cardiologia na região Noroeste do Estado.
O médico do IMC explica que a insuficiência cardíaca é uma doença em que o coração não consegue mais bombear sangue suficiente para o corpo, comprometendo as funções e necessidades do organismo.
Segundo Miola, as principais causas dessa enfermidade são decorrentes de outros problemas que atingem direta ou indiretamente o coração, como pressão arterial não tratada ou descontrolada, sequelas de infarto do miocárdio, alterações nas válvulas cardíacas e doenças virais do músculo do coração.
Há como estar atento aos sinais da insuficiência cardíaca e buscar o tratamento médico, salienta. Entre os principais sintomas da doença, o médico cita falta de ar, fadiga, inchaço nas pernas, tornozelos ou pés, tosse seca, ganho de súbito peso e ganho de peso em curto espaço de tempo.
Ao constatar os sinais, ele orienta que a pessoa deve procurar o cardiologista que, durante a consulta, irá conversar detalhadamente para traçar o perfil clínico e histórico de vida. Se preciso, deverá solicitar exames diagnósticos mais complexos para avaliar o coração, vasos, artérias e os órgãos do corpo humano.
Luciano Miola ressalta, no entanto, que o melhor é adotar hábitos preventivos para evitar ser surpreendido por uma insuficiência cardíaca, entre os quais, cita: fazer check up anualmente, principalmente pessoas do grupo de risco, como diabéticos, hipertensos, tabagistas, mulheres pós-menopausa, colesterol elevado; adotar alimentação saudável; praticar atividades físicas; evitar bebidas alcoólicas, tabaco e a obesidade; e aferir a pressão ao menos uma vez por ano.
Também é importante, segundo ele, evitar o estresse, pois o cansaço mental, que muitas vezes está relacionado ao excesso de trabalho e à correria do dia a dia, pode ser um sintoma da doença.
Autor