Você já sentiu que pode fazer algo a mais por alguém? É com esta iniciativa que a auxiliar de enfermagem Isabella de Paula faz a diferença no Hospital Unimed São Domingos (HUSD). Há cinco meses atuando na unidade de internação Posto 2 do HUSD, Isabella passou a oferecer música aos pacientes durante cada aplicação de prescrição médica.

Em média, quatro pacientes por dia recebem o atendimento diferenciado. “Busco trazer um ambiente mais próximo de ‘casa’. Porque eles (pacientes) ficam sem contato com o externo, ficam angustiados querendo ir embora, sem saber o que irá acontecer. Com a música demonstram retomar a paz”, explicou.

A musicoterapeuta Daniela Pavão explica que o sonoro musical estimula os dois hemisférios do cérebro, estimulando várias áreas do paciente. “Ajuda na expressão, no cardiorrespiratório, na memória, na concentração. Ajuda a suportar as dores crônicas, traz memórias e lembranças, que contribui no humor e na redução da ansiedade do paciente”, detalha.

Na prática, Isabella conduz até o quarto o carrinho Beira-Leito (sistema de tripla checagem de medicação, que consta com notebook) e oferece ao paciente a escolha para assistir e ouvir uma música enquanto realiza o atendimento. Com o estilo musical selecionado, Isabella realiza a busca na galeria de vídeos.

O coordenador do setor, Thiago Guelfi da Silva frisou estar imensamente grato por contar na equipe com colaboradores que conseguem sentir a necessidade do cuidar voltado à assistência humanizada.

Dentre as experiências, Isabella relembra o atendimento a duas pacientes com Alzheimer. “Descobri que uma sempre gostou do cantor Sérgio Reis e a outra tinha memórias com o som do violino. Ao tocar Sérgio Reis a paciente começou a cantar comigo, foi incrível. Já a outra deixou a lágrima escorrer ouvindo o som do violino, nunca vou me esquecer.”

Prestes a receber alta hospitalar, o paciente José de Freitas, 78 anos, acompanhado da filha Ana Maria Freitas, recebeu o atendimento e se emocionou muito com a canção escolhida por ele mesmo: Estrelinha (Di Paullo e Paulino com Marília Mendonça). “Achei interessante, estou para sair. Mas penso que se uma pessoa com uma doença mais grave que irá permanecer internada por mais tempo, isso ajuda muito. Revive a fé, a esperança nas pessoas”, disse.